O PAPADO:
SUA ORIGEM, EVOLUÇÃO HISTÓRICA E SIGNIFICADO ATUAL.
PORTAL MAKENZIE / Alderi S. de Matos
Em 2005, boa parte do mundo acompanhou com vivo interesse os acontecimentos
dramáticos ligados à morte de João Paulo II e à eleição do seu sucessor, Bento
XVI. Qualquer que seja o entendimento que se tenha a respeito dos líderes
supremos do catolicismo, o fato é que os papas são personagens muito
importantes no mundo atual, ocupam enorme espaço na mídia e suas ações
transcendem a área especificamente religiosa para produzir efeitos no âmbito
político e social. Tais razões, entre outras, justificam o estudo dessa
poderosa e influente instituição.
1.
Considerações bíblicas
Do ponto de vista protestante, o papado não é uma instituição de origem divina,
mas resultou de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não
apontam esse ofício como uma ordenança de Cristo à sua igreja. É verdade que o
Senhor proferiu a Pedro as bem conhecidas palavras: "Tu és Pedro e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja" (Mt 16.18). Todavia, isto está muito
longe de declarar que Pedro seria o chefe universal da igreja (o primado de
Pedro) e que a sua autoridade seria transmitida aos seus sucessores (sucessão
apostólica). As primeiras gerações de cristãos não entenderam as palavras de
Cristo dessa maneira. Tanto é que não se vê em todo o Novo Testamento qualquer
noção de que Pedro tenha ocupado uma função formal de liderança na Igreja
Primitiva. No chamado "Concílio de Jerusalém", narrado no capítulo 15
de Atos dos Apóstolos, isso não aconteceu, e o próprio Pedro não reivindica
essa posição em suas duas epístolas. Antes, ele se apresenta como apóstolo de
Jesus Cristo e como um presbítero entre outros (1 Pe 1.1; 5.1).
Mais difícil ainda é estabelecer uma relação inequívoca entre Pedro e os bispos
de Roma. Os historiadores não encontram uma base absolutamente segura para
afirmar que Pedro sequer tenha estado em Roma, quanto mais para admitir que ele
tenha sido o primeiro bispo daquela igreja. Ademais, é um fato bem estabelecido
que não houve episcopado monárquico no primeiro século, no âmbito do
cristianismo. As igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou
presbíteros (ver Atos 20.17 e 28; Tito 1.5 e 7).
2. Origens
da instituição
Ao mesmo tempo, não se pode deixar de reconhecer que ainda na Igreja Antiga os
bispos de Roma alcançaram grande preeminência, que o papado em muitas ocasiões
prestou serviços crucialmente relevantes à Igreja e à sociedade e que muitos
papas foram homens de grande piedade, integridade moral, saber teológico e
habilidade administrativa. Ao longo dos séculos, muitos dos principais eventos
da história do cristianismo nas áreas da teologia, organização eclesiástica e
relações entre a Igreja e a sociedade tiveram conexão com a instituição papal.
Originalmente, a palavra grega papas ou a latina papa foi aplicada a altos
oficiais eclesiásticos de todos os tipos, especialmente aos bispos. A partir de
meados do quinto século passou a ser aplicada quase que exclusivamente aos
bispos de Roma. Foram múltiplos e complexos os fatores que levaram ao
reconhecimento de que esses bispos detinham autoridade suprema sobre a Igreja
ocidental.
Em primeiro lugar, há que se destacar a importância crescente da igreja local
de Roma desde o primeiro século. O livro de Atos dos Apóstolos termina com a
chegada de Paulo a Roma. O apóstolo aos gentios escreveu a principal de suas
epístolas a essa igreja e no segundo século surgiu uma tradição insistente de
que tanto Paulo como Pedro, os dois apóstolos mais destacados, haviam sido
martirizados naquela cidade. Além disso, já numa época remota a igreja de Roma
tornou-se a maior, a mais rica e a mais respeitada de toda a cristandade
ocidental. Outro fator que contribuiu para a ascendência da igreja romana e do
seu líder foi a própria centralidade e importância da antiga capital do Império
Romano. Ao contrário da região oriental, em que várias igrejas (Alexandria,
Jerusalém, Antioquia e Constantinopla) competiam pela supremacia em virtude de
sua antigüidade e conexões apostólicas, no Ocidente a igreja de Roma desde o
início foi praticamente a líder inconteste. Outrossim, a partir de Constantino
muitos imperadores romanos fizeram generosas concessões àquela igreja, buscaram
o conselho dos seus bispos e promulgaram leis que ampliaram a autoridade dos
mesmos.
Outro elemento importante é que desde cedo a igreja romana e os seus líderes
reivindicaram, direta ou indiretamente, certas prerrogativas especiais. No
final do primeiro século (ano 96), o bispo Clemente enviou em nome da igreja de
Roma uma carta à igreja de Corinto para aconselhá-la e exortá-la quanto a
alguns problemas que a mesma estava enfrentando. Um século depois, o bispo
Vítor (189-198) exerceu considerável influência na fixação de uma data comum
para a Páscoa, algo muito importante face à centralidade da liturgia na vida da
Igreja. As consultas entre outros bispos e Roma também datam de uma época
antiga, embora a primeira decretal oficial (carta normativa de um bispo de Roma
em resposta formal à consulta de outro bispo) só tenha surgido em 385, com o
papa Sirício. Por volta de 255, o bispo Estêvão utilizou a passagem de Mateus
16.18 para defender as suas idéias numa disputa com Cipriano de Cartago. E
Dâmaso I (366-384) tentou oferecer uma definição formal da superioridade do
bispo romano sobre todos os demais.
3. Alguns
papas notáveis
Essas raízes da supremacia eclesiástica romana foram alimentadas pelas
atividades capazes de muitos papas. No quinto século, destacou-se sobremaneira
a figura de Leão I (440-461), considerado por muitos "o primeiro
papa". Leão exerceu um papel estratégico na defesa de Roma contra as
invasões bárbaras e escreveu um importante documento teológico sobre a pessoa
de Cristo (o Tomo) que exerceu influência decisiva nas resoluções do Concílio
de Calcedônia (451). Além disso, ele defendeu explicitamente a autoridade
papal, articulando mais plenamente o texto de Mateus 16.18 como fundamento da
autoridade dos bispos de Roma como sucessores de Pedro. Seu sucessor Gelásio I
(492-496) expôs a célebre teoria das duas espadas: dentre os dois poderes legítimos
que Deus criou para governar no mundo, o poder espiritual - representado pelo
papa - tinha supremacia sobre o poder secular sempre que os dois entravam em
conflito.
O apogeu do papado antigo ocorreu no pontificado do notável Gregório I ou
Gregório Magno (590-604), o primeiro monge a ocupar o trono papal. Sua lista de
realizações é impressionante. Ele supervisionou as defesas romanas contra os
ataques dos lombardos, realizou complicadas negociações com o imperador
bizantino, saneou as finanças da Igreja e reorganizou os limites e
responsabilidades das dioceses ocidentais. Ele foi também um dedicado estudioso
das Escrituras: suas exposições bíblicas, especialmente um comentário do livro
de Jó, foram muito lidas em toda a Idade Média. Seus escritos sobre os deveres
dos bispos deram forte ênfase ao cuidado pastoral como uma atividade
prioritária. Ele reformou a liturgia, regularizou as celebrações do calendário
cristão e promoveu a música sacra ("canto gregoriano"). Finalmente, Gregório
foi um grande promotor de missões, enviando missionários para vários centros
estratégicos do norte e do oeste da Europa e expandindo a área de jurisdição do
papado.
Um momento especialmente significativo na evolução do papado ocorreu no Natal
do ano 800, quando o papa Leão III coroou Carlos Magno como Sacro Imperador
Romano. A esta altura, a complexa associação dos elementos citados (e outros
mais) havia criado uma situação na qual o bispo romano era amplamente
considerado o principal personagem eclesiástico do Ocidente, bem como o
representante do cristianismo ocidental junto ao Oriente. Algumas décadas
antes, o pai de Carlos Magno havia cedido à Igreja os amplos territórios do
centro e norte da Itália que vieram a constituir os estados pontifícios. Isso
fez dos papas governantes seculares como os demais soberanos europeus. Por
vários séculos, os papas teriam um relacionamento estreito e muitas vezes
altamente conflitivo com esses governantes. Mas a sua autoridade como líderes
máximos da Igreja Ocidental não seria questionada.
4.
Decadência e renovação
O papado também teve seus períodos sombrios, marcados por imoralidade e
corrupção. Um desses períodos ocorreu entre o final do século IX e o início do
século XI, quando a instituição papal foi controlada por poderosas famílias
italianas. A história revela que um terço dos papas dessa época morreu de forma
violenta: João VIII (872-882) foi espancado até a morte por seu próprio
séquito; Estêvão VI (885-891), estrangulado; Leão V (903-904), assassinado pelo
sucessor, Sérgio III (904-911); João X (914-928), asfixiado; e Estêvão VIII
(928-931), horrivelmente mutilado, para não citar outros fatos deploráveis.
Parte desse período é tradicionalmente conhecida pelos historiadores como
"pornocracia", numa referência a certas práticas que predominavam na
corte papal.
A partir de meados do século XI, surgiram vários papas reformadores que
procuraram moralizar a administração da Igreja, lutando contra vários males que
a assolavam. O mais notável foi Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), que se
notabilizou por sua luta contra a simonia, ou seja, o comércio de cargos
eclesiásticos, e ficou célebre por sua confrontação com o imperador alemão
Henrique IV. Ele escolheu como lema do seu pontificado o texto de Jeremias
48.10: "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente".
Todavia, o ápice do poder papal ocorreu no pontificado de Inocêncio III
(1198-1216), considerado o papa mais poderoso de todos os tempos, aquele que,
mais do que qualquer outro, concretizou o ideal da "cristandade", ou
seja, uma sociedade plenamente integrada sob a autoridade dos reis e
especialmente dos papas. Ele foi o primeiro a utilizar o título "Vigário
de Cristo", ou seja, o papa era não somente o representante de Pedro, mas
do próprio Senhor. Seus sucessores continuaram por algum tempo a fazer ousadas
reivindicações de autoridade sobre toda a sociedade, sem, contudo,
transformá-las em realidade como o fizera Inocêncio.
5. O fim
do período medieval
Novo período de declínio e desmoralização do papado ocorreu no século XIV e
início do século XV. Primeiro, os papas residiram na cidade de Avinhão, ao sul
da França, por mais de setenta anos (1305-1378), colocando-se sob a influência
dos reis franceses. Esse período ficou conhecido como "o cativeiro
babilônico da Igreja". Em seguida, por outros quarenta anos (1378-1417),
houve dois e finalmente três papas simultâneos (em Roma, Avinhão e Pisa), no
que ficou conhecido como "O Grande Cisma". Essa situação embaraçosa
foi sanada por vários concílios reformadores, especialmente o de Constança, que
reivindicaram autoridade igual ou mesmo superior à dos papas. Em reação, estes
reafirmaram ainda mais enfaticamente a sua autoridade suprema sobre a Igreja.
O final do século XV e início do século XVI testemunhou o pontificado dos
chamados "Papas do Renascimento", os quais, ao contrário de muitos de
seus predecessores ou sucessores, tiveram escassas preocupações espirituais e
pastorais. Como o papa Alexandre VI (1492-1503), o espanhol Rodrigo Borja
dedicou-se prioritariamente a promover as artes e a embelezar a cidade de Roma;
Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro, comandando pessoalmente o seu
exército; e Leão X (1513-1521) teria dito ao ser eleito: "Agora que Deus
nos deu o papado, vamos desfrutá-lo". Foi ele quem despertou a indignação
do monge agostiniano Martinho Lutero ao autorizar uma venda especial de
indulgências na Alemanha para concluir as obras da Catedral de São Pedro. O
resultado dessa indignação é conhecido de todos.
6. Os
papas da Contra-Reforma
A Reforma Protestante do século XVI despertou a cúpula da Igreja Católica do
estado de letargia espiritual e omissão pastoral em que se encontrava. A reação
católica teve duas manifestações complementares. Por um lado, Roma empenhou-se
em combater o novo movimento, detendo o seu crescimento e procurando suprimi-lo
onde fosse possível, como aconteceu na Espanha e na Polônia. Esse esforço
recebeu o nome de "Contra-Reforma". Por outro lado, a Igreja Romana,
consciente das distorções espirituais e morais apontadas pelos reformadores,
fez uma autocrítica rigorosa e um esforço sério no sentido de corrigir os seus
erros, aperfeiçoar a sua estrutura e explicitar melhor a sua fé. Esse aspecto é
denominado pelos historiadores de "Reforma Católica". Nos dois
esforços, os papas tiveram uma atuação destacada.
Até o início da década de 1530, o trono pontifício continuou a ser ocupado por
homens excessivamente envolvidos em questões seculares e políticas. Essa
situação mudou quando Alessandro Farnese tornou-se o papa Paulo III
(1534-1549). Farnese nomeou uma comissão de cardeais que avaliou a situação da
Igreja e propôs medidas saneadoras, entre elas que o papado se concentrasse nas
suas tarefas espirituais e deixasse em segundo plano a preocupação com o poder,
a opulência e a dignidade terrena. Outras duas grandes realizações de Paulo III
foram a aprovação formal da nova ordem dos jesuítas ou Companhia de Jesus
(1540) e a convocação do Concílio de Trento (1545-1563).
Esse famoso Concílio afastou definitivamente qualquer possibilidade de
conciliação com os protestantes. Desde então, o catolicismo conservador e
militante tem sido designado como "tridentino" (de Trento). Entre as
suas muitas e importantes resoluções, o concílio reafirmou o papel dominante
dos papas na vida da Igreja. Outros destacados pontífices da era de Trento
foram Giovanni Pietro Caraffa (Paulo IV, 1555-1559) e Giovanni Angelo Medici
(Pio IV, 1559-1565). Este último tem seu nome ligado a uma importante declaração
de fé católica, o Credo de Pio IV ou Profissão de Fé Tridentina, que deve ser
afirmada por todos os convertidos ao catolicismo. Esses papas reformadores
contribuíram decisivamente para tornar a Igreja Católica uma instituição mais
coesa, organizada e disciplinada, bem como dotada de uma clara identidade
doutrinária. Um fato revelador é que por mais de trezentos anos nenhum outro
grande concílio seria convocado até o Vaticano I.
7. Tensões
entre Igreja e Estado
Nos séculos XVII e XVIII, as antigas ligações entre a Igreja Católica e as
autoridades seculares continuaram a criar problemas para os papas. O Concílio
de Trento contribuiu para a centralização do poder no papado e isso não foi bem
recebido em muitas partes da Europa devido ao crescente nacionalismo e ao
absolutismo real. A oposição ao conceito de uma Igreja centralizada sob a
autoridade papal recebeu o nome de "galicanismo", por haver se
manifestado mais fortemente na França, a antiga Gália. Assim, somente em 1615
os decretos de Trento foram promulgados nesse país. Até mesmo dentro da Igreja
houve galicanos, isto é, aqueles que acreditavam que a autoridade eclesiástica
residia nos bispos, e não no papa. Por outro lado, os defensores da autoridade
suprema dos papas foram chamados de "ultramontanistas", porque
buscavam essa autoridade "além das montanhas" (os Alpes). Outro golpe
recebido pelo poder papal foi a supressão da ordem dos jesuítas, um poderoso
instrumento das políticas pontifícias. Após ser expulsa de Portugal, Espanha e
França, bem como de suas colônias latino-americanas, a Sociedade de Jesus foi
dissolvida em 1773 pelo papa Clemente XIV. Assim, ironicamente, enquanto os
papas insistiam na sua jurisdição universal, eles estavam de fato perdendo
poder e autoridade.
Um golpe ainda mais devastador contra o papado foi desferido pela Revolução
Francesa (1789). Desde o início houve um profundo conflito entre a Igreja e o
ideário republicano da Revolução. Desse modo, logo que tomou o poder, o novo
governo procurou enfraquecer o papado e suprimir a Igreja na França. Dois papas
da época sofreram bastante nas mãos do novo regime. O primeiro foi Giovanni
Angelo Braschi ou Pio VI (1775-1799). Em 1798, o exército francês ocupou Roma,
proclamou uma república e declarou que o papa não mais era o governante
temporal da cidade. Pio VI morreu no ano seguinte, virtualmente como
prisioneiro dos franceses. Seu sucessor, Barnaba Chiaramonte, eleito papa Pio
VII (1800-1823), inicialmente foi deixado em paz. Todavia, em 1808 Napoleão
tomou a cidade de Roma e o papa foi feito prisioneiro por vários anos, até a
queda do soberano francês em 1814. Pouco depois de retornar a Roma, Pio VII
restaurou a Sociedade de Jesus.
8. O mais
longo pontificado
A memória da Revolução Francesa reforçou o conservadorismo político e teológico
dos papas e sua conseqüente oposição às idéias republicanas e democráticas que
viriam a ser cada vez mais amplamente aceitas no mundo ocidental. Essa atitude
alcançou a sua expressão máxima no cardeal Giovanni Maria Mastai-Ferretti, que,
como papa Pio IX, teve o mais longo pontificado da história (1846-1878). Pio IX
enfrentou um novo problema que foi o nacionalismo italiano e a luta pela
unificação da Itália, até então subdividida em muitos principados, entre os
quais estavam os antigos estados pontifícios. Um desses líderes nacionalistas
foi Giuseppe Garibaldi, que se casou com a brasileira Anita Garibaldi. Em 1870,
as tropas do novo Reino da Itália tomaram os estados papais e assim chegou ao
fim o poder temporal dos papas, que havia atingido o seu auge no pontificado de
Inocêncio III, no século XIII.
Ao mesmo tempo em que perdia o seu poder político, Pio IX acentuou fortemente
as suas prerrogativas na área religiosa. Sua ousadia tornou-se patente quando,
através da bula Ineffabilis, proclamou o dogma da imaculada concepção de Maria
(1854). Com isso, ele foi o primeiro pontífice a definir um dogma por si mesmo,
sem o apoio de um concílio. Dez anos depois, Pio promulgou a encíclica Quanta
cura (1864) e seu famoso apêndice, o Sílabo de Erros. Suas oitenta proposições
condenaram explicitamente, entre outras coisas, o protestantismo, a maçonaria,
a liberdade de consciência, a liberdade de culto, a separação entre a Igreja e
o Estado, a educação leiga e, em geral, o progresso e a civilização moderna.
Sua última grande realização foi o Concílio Vaticano I (1870), o qual, através
do decreto Pastor aeternus, proclamou o controvertido dogma da infalibilidade
papal. Essa infalibilidade ocorreria quando o papa fala "ex
cathedra", isto é, no exercício oficial do seu cargo, definindo questões
de fé e moral. Não por coincidência, isso ocorreu no mesmo ano em que a Itália
anexou os estados pontifícios.
9.
Entrando no século XX
A Igreja Católica e seus pontífices começaram lentamente a aceitar o mundo
moderno com o papa Leão XIII (1878-1903). Embora ainda marcadamente
conservador, a ponto de declarar na bula Immortale Dei que a democracia era
incompatível com a autoridade da Igreja, ele deu uma série de passos
construtivos no relacionamento com diversos governos europeus. Sua realização
mais notável foi a encíclica Rerum novarum (1891), na qual expressou o
pensamento social da Igreja e fez uma corajosa defesa dos direitos dos
trabalhadores no contexto da revolução industrial e do capitalismo em expansão.
Um período especialmente conturbado para a Igreja Católica e para os seus
líderes foi a época das duas guerras mundiais. Em sua repulsa do comunismo
anti-religioso e ateu, e em sua preocupação com a defesa dos interesses da
Igreja, os pontífices do período acabaram estabelecendo fortes laços com
regimes de extrema direita em diversos países da Europa. Em 1929, Pio XI
(1922-1939) assinou uma concordata com o ditador fascista Benito Mussolini, o
Tratado de Latrão, mediante a qual foi criado o Estado do Vaticano. Ele também
apoiou o regime ditatorial de Francisco Franco na Espanha. Mais problemática
foi a concordata com Adolf Hitler em 1933, vista por muitos observadores
internacionais como uma aprovação tácita do regime nazista. Todavia, em 1937,
Pio XI publicou a encíclica Mit brennender Sorge ("Com viva
ansiedade"), contendo severas críticas ao nacional-socialismo.
Seu secretário de estado, o cardeal Eugenio Pacelli, sucedeu-o no trono
pontifício como papa Pio XII (1939-1958), ao mesmo tempo em que eclodia a II
Guerra Mundial. Esse papa tem sido severamente criticado por seu silêncio
diante das atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, mesmo
convertidos ao catolicismo. No campo doutrinário, ele proclamou o dogma da
ascensão corporal de Maria (1950). Paradoxalmente, esse pontífice conservador
tomou iniciativas que contribuíram para as grandes mudanças que viriam a acontecer
na Igreja após a sua morte. Ele incentivou o uso dos novos métodos de estudo
bíblico através da encíclica Divino afflante Spiritu (1943), bem como valorizou
e estimulou as igrejas localizadas fora da Europa.
10. O
período pós-Vaticano II
Um dos períodos mais extraordinários da história da Igreja e do papado teve
início com a eleição do idoso cardeal Angelo Giuseppe Roncalli como papa João
XXIII (1958-1963). Convencido da necessidade de uma ampla atualização
(aggiornamento) da Igreja, ele convocou o Concílio Vaticano II, formalmente
instalado no dia 11 de outubro de 1962. Esse importante Concílio, que teve
expressiva participação de bispos do terceiro mundo, aprovou resoluções sem
precedentes nas áreas de renovação litúrgica, preocupação com os pobres e
diálogo interconfessional. As duas últimas preocupações já haviam sido
expressas respectivamente na encíclica Mater et Magistra e na criação do
Secretariado para a Promoção da Unidade Cristã. O papa seguinte, Giovanni
Battista Montini (Paulo VI, 1963-1978), embora mais contido, deu prosseguimento
ao Concílio Vaticano II, no interesse de "construir uma ponte entre a
Igreja e o mundo moderno". A "Constituição Pastoral sobre a Igreja no
Mundo Moderno" foi o documento mais longo já produzido por um concílio e
contrastou profundamente com certas ênfases do século anterior. Paulo VI também
publicou a controvertida encíclica Humanae vitae (1968), que proibiu aos
católicos o uso dos métodos de controle artificial da natalidade.
A eleição do último papa do século 20, em 1978, foi um acontecimento não menos
momentoso para a Igreja Católica e para o mundo ocidental. O polonês João Paulo
II (Karol Jozef Wojtyla) foi o primeiro papa não-italiano desde o século XVI.
Sua atuação corajosa contribuiu para a derrocada do comunismo em sua pátria e
no leste europeu. Em 1981, ele sobreviveu a um grave atentado na Praça de São
Pedro. Foi também o papa que mais se deslocou pelo mundo afora, tendo feito
cerca de uma centena de viagens internacionais. Dotado de sólido preparo
intelectual, publicou diversas encíclicas abordando temas éticos, sociais e
teológicos, tais como Redemptor hominis (1979), Dives in misericordia (1980),
Laborem exercens (1981), Sollicitudo rei socialis (1988), Veritatis splendor
(1993), Evangelium vitae (1995), Ut unum sint (1995) e Fides et ratio (1998).
Por outro lado, representou um recuo conservador em relação aos seus
predecessores, como ficou evidenciado na sua atitude em relação à teologia da
libertação, nas suas interferências diretas em muitas organizações da Igreja e,
em geral, no seu entendimento exaltado da autoridade papal.
Conclusão
A instituição pontifícia teve recentemente um momento de grande publicidade com
a morte de João Paulo II e a eleição do seu sucessor, Bento XVI, o influente
cardeal alemão Joseph Ratzinger. A impressionante cobertura da imprensa e as
reações dos líderes políticos e da opinião pública internacional atestam a
força do catolicismo e dos seus pontífices. No seu conjunto, o papado tem sido
uma instituição predominantemente benéfica para a Igreja Católica, dando-lhe um
notável senso de unidade, propósito e identidade. Muitos pronunciamentos papais
sobre temas sociais e éticos têm sido altamente relevantes em um mundo
secularizado e materialista. Suas fraquezas históricas têm sido o envolvimento
político e um estilo de liderança nem sempre condizente com as normas dadas por
Cristo aos pastores do seu rebanho. Finalmente, é de se lamentar que justamente
essa instituição seja o maior obstáculo para uma maior aproximação entre os
cristãos, visto que a autoridade pontifícia é rejeitada não somente pelos
protestantes, mas pela Igreja oriental, que tem raízes tão antigas e
apostólicas quanto à Igreja latina.
LENDO AS
ESCRITURAS COM OS PAIS DA IGREJA.
PORTAL MAKENZIE /Alderi S. de Matos
Christopher A. Hall, Lendo as Escrituras com os Pais da Igreja (Viçosa: Ultimato, 2000). Traduzido do inglês Reading Scripture with the Church Fathers (1998).
Numa época em que a maior parte das editoras evangélicas brasileiras estão mais interessadas em lançar livros de apelo popular, muitas vezes sem se importar com a qualidade do seu conteúdo, é louvável a iniciativa da Editora Ultimato em publicar essa importante e valiosa obra de Christopher Hall, autor conhecido por seus estudos na área da patrística. A edição brasileira foi prefaciada por Ricardo Barbosa da Silva, que ressalta de maneira adequada a tese fundamental do livro - a interpretação bíblica não deve ser um esforço individual e subjetivo, mas levar em conta a rica tradição exegética da Igreja Cristã. Uma parte especialmente frutífera dessa tradição é aquela representada pelos antigos escritores cristãos, os pais da igreja. O autor deixa claro o seu propósito na introdução: apresentar de modo tão claro e correto quanto possível a metodologia e o conteúdo da interpretação bíblica patrística, especialmente dos pais reconhecidos como bons leitores da Escritura. O refrão que se repete vez após vez é o fato de que os pais entendiam a interpretação bíblica como uma atividade comunitária praticada no contexto da oração e da vida devocional.
O primeiro capítulo ("Por que ler os pais?") aponta para o mito moderno e contemporâneo do intérprete autônomo que despreza o passado como algo inferior e assim se empobrece intelectual e espiritualmente. No capítulo 2 ("A mente moderna e a interpretação bíblica"), Hall critica tanto o iluminismo, com sua ênfase na razão autônoma, quanto o subjetivismo e o pragmatismo pós-moderno. Ele insiste que os intérpretes bíblicos atuais devem aprender a ser humildes e estar abertos às valiosas contribuições do passado. Nem tudo que os pais disseram pode ser aceito, mas é preciso reconhecer que, até mesmo por uma questão de afinidade cultural e linguística, eles tiveram um discernimento das Escrituras que faríamos bem em conhecer e apreciar. O terceiro capítulo indaga quem são os pais (e mães) da igreja. Depois de mencionar algumas mulheres notáveis como Marcela, Paula, Melânia, Olímpia e Macrina, que certamente estariam entre os teólogos da igreja caso tivessem deixado escritos, o autor enumera os quatro critérios básicos usados para determinar se um certo personagem merece o título de "pai da igreja" - antigüidade, santidade de vida, ortodoxia e aprovação eclesiástica -, apontando ao mesmo tempo para as limitações desses critérios.
Nos capítulos 4 e 5, Hall analisa quatro doutores do Oriente (Atanásio, Gregório Nazianzeno, Basílio de Cesaréia, João Crisóstomo) e quatro do Ocidente (Ambrósio, Jerônimo, Agostinho e Gregório Magno) como indivíduos especialmente representativos do que houve de melhor e mais salutar na exegese patrística grega e latina. Em cada caso, além de fornecer as informações biográficas mais relevantes e um apanhado da produção literária dos personagens, o autor oferece exemplos ilustrativos de suas estratégias hermenêuticas. Nos capítulos 6 e 7, são abordadas as duas grandes escolas de interpretação bíblica às quais os pais da igreja estavam associados em maior ou menor grau, Alexandria e Antioquia, a primeira com sua ênfase na pluralidade de sentidos na Escritura (a interpretação alegórica) e a segunda com sua maior preocupação com o sentido literal e histórico do texto. Por um lado, Hall demonstra como a abordagem alegórica respondeu a desafios apresentados pelo ambiente cultural helenístico e ao mesmo tempo revelou a abordagem profundamente cristocêntrica da interpretação dos pais, com seu desejo de ver Cristo em cada passo das Escrituras. Por outro lado, o autor argumenta que a diferença entre as duas escolas é mais de ênfase do que de essência. Os intérpretes da Escola de Antioquia também iam além do sentido literal, valorizando a tipologia e buscando significados mais ricos e profundos por trás da mera letra do texto bíblico. São apresentados exemplos de exegese bíblica de alguns dos representantes mais destacados das duas escolas.
O último capítulo ("Dando sentido à exegese patrística") sugere ao leitor uma via média entre a aceitação incondicional e a rejeição peremptória da exegese patrística. Hall reconhece que, por terem vivido em um mundo tão diferente do atual, os pais nem sempre são fáceis de entender. Todavia, para aqueles que forem pacientes e souberem ouvir, eles podem dar uma contribuição extremamente relevante ao seu esforço de ler as Escrituras com integridade. O autor também acredita que o estudo dos pais pode ser um instrumento de aproximação e diálogo entre as diferentes tradições cristãs (ortodoxa, católica e protestante). Ele conclui observando que a tradição exegética patrística oferece alguns princípios hermenêuticos muito úteis para os leitores modernos: ler a Bíblia holisticamente, cristologicamente, comunitariamente, bem como no contexto da vida devocional e do discipulado cristão.
Infelizmente, essa obra tão relevante e valiosa fica prejudicada por sérios problemas de tradução e revisão, que, espera-se, sejam corrigidos em uma nova edição. Os senões da edição brasileira não devem desestimular os leitores, pois a maior parte do texto apresenta boa tradução e um estilo agradável de ler. O mais importante é o conteúdo, com sua argumentação cuidadosa, sua rica documentação através de fontes primárias e secundárias, e sua mensagem relevante para os dias atuais.
ANSELMO DE CANTUÁRIA
PORTAL MAKENZIE /Alderi S. de Matos
1. Cronologia
1033
Anselmo nasce em Aosta, no noroeste da Itália (70 km ao norte de Turim), na região onde se encontram três países (Itália, França e Suíça). A atual província de Vale D'Aosta é a menor da Itália, com 3.264 km² e 120.000 habitantes. Seus pais são o nobre lombardo Gondolfo e Ermenberga, de uma família abastada da Borgonha. Seu pai o destina à carreira política, mas ele escolhe a vida monástica. Recebe uma excelente educação e será considerado um dos melhores latinistas do seu tempo. Brigado com o pai, deixa a sua casa e passa alguns anos viajando pela Europa.
1060
Ingressa no mosteiro beneditino de Sainte-Marie du Bec-Hellouin, na Normandia, fundado por Herluin em 1034, que estava sob a jurisdição do arcebispado de Rouen. Torna-se discípulo do famoso Lanfranc e auxilia-o nas atividades de ensino. Depois de trabalhar como advogado e destacar-se no estudo da lógica, Lanfranc abriu uma escola em Avranches (1039) e a seguir a de Bec (1042), que se tornou famosa em toda a Europa. Também tornou-se conselheiro de Guilherme, duque da Normandia, o futuro Guilherme I, o Conquistador. Hoje Bec fica a 6 km da pequena cidade de Brionne, Departamento de Eure, na Região da Alta Normandia (norte da França). Na época de Revolução Francesa, os monges foram expulsos e a grande igreja-abadia foi destruída. Em 1948, o local foi devolvido à ordem beneditina e hoje existe uma nova igreja-abadia no local do antigo refeitório do século 17.
1063
Anselmo é eleito prior do seu mosteiro em substituição a Lanfranc, que é nomeado abade de Caen e depois arcebispo de Cantuária (1070-1089).
1078
Com a morte de Herluin, fundador e primeiro abade de Bec, Anselmo torna-se o seu sucessor. É com dificuldade que os monges vencem a sua relutância em aceitar o cargo. Seu biógrafo, Eadmero, conta que o abade eleito prostra-se diante dos irmãos e com lágrimas suplica-lhes que não coloquem esse fardo sobre ele, enquanto que eles também se prostram e rogam que aceite o cargo. Transforma Bec em um importante centro de erudição monástica. Nesse período, escreve duas de suas principais obras: o Monologium (Monológio) e o Proslogium (Proslógio). Mediante doações do rei Guilherme I, o Conquistador, o mosteiro de Bec havia recebido terras na Normandia e na Inglaterra, o que levou Anselmo a visitar esse país por três vezes. A primeira visita ocorre no ano em que ele se torna abade de Bec. Nessa ocasião, conhece Eadmero, então um jovem monge em Cantuária.
1093
Durante uma visita à Inglaterra, Anselmo é, contra a sua vontade, nomeado arcebispo de Cantuária (Canterbury) pelo rei Guilherme II, o Ruivo, conforme o desejo dos nobres e do povo. Recusa firmemente essa honra, quando acontece uma cena ainda mais estranha do que a ocorrida quando foi eleito abade de Bec. É arrastado à força para junto do leito do rei, que se encontra enfermo, e o báculo é lançado contra a sua mão fechada; dali é levado para o altar, onde se canta o ";Te Deum";. É finalmente consagrado arcebispo em 4 de dezembro. 1095, Anselmo não pode receber o pálio, símbolo da plena autoridade episcopal, até que o rei reconhece o papa Urbano II (1088-1099), então contestado pelo antipapa Clemente III. Guilherme envia emissários a Roma, que regressam com Walter, bispo de Albano, trazendo o pálio. Anselmo recusa-se a receber o pálio das mãos do rei, mas em uma cerimônia solene em Cantuária, no dia 10 de junho de 1095, o pálio é colocado pelo legado papal sobre o altar, de onde Anselmo o recolhe. Anselmo dedica-se a implementar na Igreja da Inglaterra as reformas do papa Hildebrando ou Gregório VII (1073-1085), lutando contra a simonia (comércio de cargos eclesiásticos), o nicolaísmo (casamento clerical) e as investiduras leigas.
1097
Surgem novos problemas entre o arcebispo e o rei, que deseja controlar a igreja na Inglaterra. Anselmo vai para Roma, passando o Natal em Cluny e o restante do inverno em Lions. Na primavera de 1098, chega a Roma, onde é tratado com grandes honras pelo papa. Retira-se para Cápua, onde conclui Cur Deus Homo? (Por que Deus se fez homem?), que havia começado a escrever na Inglaterra. Em outubro, Urbano II realiza um concílio em Bari para tratar das questões levantadas pelos gregos quanto à processão do Espírito Santo. Anselmo toma parte destacada nas discussões. Seus argumentos mais tarde serão incluídos no seu tratado acerca do assunto. É instado a aguardar outro concílio a ser realizado na Páscoa de 1099 em Latrão (Laterano), no qual ouve os cânones contra as investiduras leigas e o decreto de excomunhão contra os ofensores. Em 1100, com a morte de Henrique II e a ascensão de Henrique I, é chamado de volta à Inglaterra.
1103
Anselmo é novamente exilado, por não aceitar que o rei efetue a investidura dos bispos e abades.
1107
A controvérsia é resolvida em um concílio realizado em Londres. O rei abre mão do pretenso direito de investir os prelados ao passo que a Igreja permite que os prelados prestem reverência por suas possessões temporais. Com isso, Anselmo passa os seus dois últimos anos em paz no seu cargo.
1109
Morre em Cantuária no dia 21 de abril. É canonizado em 1163 e declarado doutor da Igreja em 1720. Sua primeira biografia foi escrita por seu discípulo Eadmero.
1103
Anselmo é novamente exilado, por não aceitar que o rei efetue a investidura dos bispos e abades.
2. Escritos
1076
|
Monologium (Monológio = monólogo ou
solilóquio)
|
1077-78
|
Proslogium (Proslógio = discurso ou colóquio)
|
1080-85
|
De grammatico (O gramático)
De veritate (A verdade) De libertate arbitrii (A liberdade de arbítrio) De casu diaboli (A queda do demônio) |
1092-94
|
Epistola de
incarnatione Verbi (Epístola
sobre a encarnação do Verbo)
|
1094-98
|
Cur Deus homo? (Por que Deus se fez homem?)
|
1099-1100
|
De conceptu virginali (Sobre a concepção virginal e o
pecado original)
|
1102
|
De processione Spiritus
Sancti (Sobre a
processão do Espírito Santo)
|
1106-07
|
Epistola de sacrifício
azymi et fermentati (Epístola sobre sacrifícios asmos e fermentados)
De sacramentis ecclesiae (Os sacramentos da igreja) |
1107-08
|
De concordia (Sobre a harmonia da presciência,
da predestinação e da graça com o livre arbítrio) Defesa Contra Gaunilo
|
Igreja
Estatal do Império Romano
(MAIS NOTAS)
Origem: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Principais
comunhões cristãs nos séculos IV, V e VI
|
||
Comunhão
|
Principais igrejas
|
Principais centros
|
Cristianismo
calcedoniano (depois de 451) |
Igreja Imperial
Romana
Igrejas ocidentais não imperiais Igreja Georgiana |
Roma, Alexandria,
Antioquia, Constantinopla,
Reinos na Geórgia (Cólquida e Reino da Ibéria) |
Nestorianismo
(depois de 431) |
Igreja Persa
|
Síria,
Império Sassânida (Pérsia) |
Miafisismo
(depois de 451) |
Igreja Armênia
Igreja Copta Igreja Siríaca Igreja Etíope |
Armênia, Síria, Egito
|
Imperador Teodósio I, Que fez do
cristianismo niceno um Estatal Igreja do Império Romano.
A Igreja
Estatal do Império Romano fundada FOI los 27 de fevereiro de 380 atraves do
Édito de Tessalonica, no qua o Imperador Teodósio I fez fazer cristianismo
niceno a religião Única Autorizada los TODO o império1 2. Ao Contrário de
Constantino, Que, com o Édito de Milão (313) estabelecido havia à Tolerância AO
cristianismo SEM colocá-lo Acima de Otras religiões3, e Cujo Envolvimento Nos
assuntos da Fé chegava um Ponto de convocar concilios de Bispos Nos cais Quais
d'Orsay ELE Fortalezas como reunioes, mas SEM determinar uma doutrina sozinho4,
Teodósio estabeleceu uMA Única doutrina Cristã, Que ELE especificou Como Sendo
um professada Pelo papa Dâmaso I EO papa Pedro II de Alexandria, Como uma
religião oficial Estatal.
No Início
do Século IV, DEPOIS da Perseguição de Diocleciano e da Controversia donatista
that surgiu DEPOIS, Constantino convocou concilios de Bispos cristãos parágrafo
Definir UMA Fe "Ortodoxa" ou Correta, ampliando o Que JÁ estava
estabelecido Pelos concilios Anteriores. Diversos DELES foram realizados OS de
Durante Séculos IV e V, provocando disputas e Cismas, incluíndo o cisma ariano,
o cisma nestoriano EO cisma miafisita. No Século V, o Império Romano do
Ocidente Ruiu, Roma DUAS FOI POR saqueada-fold, EM 410 e 455 e Rômulo Augusto,
O Último Imperador romano do ocidente, FOI Forcado POR Odoacro um los abdicar
476 porem, com Exceção das deserções JÁ citadas não oriente, a Igreja
permaneceu viva Como Instituição na forma da Comunhão, tensa, Entre o ocidente
EO oriente. No Século VI, Justiniano I recuperou a Itália e Outras
contraditório fazer Mediterrâneo, O Que levou um AINDA Outro saque a Roma, EM
546 logotipo O Império PERDEU TODAS ESTAS Conquistas, mas manteve Roma,
Incorporada AO Exarcado de Ravena, comeu 751. Como Conquistas muçulmanas do
Século VII iniciariam hum Processo de Conversão da Maior Parte do Mundo Cristão
na Ásia Ocidental e no Norte da África AO islamismo, enfraquecendo Muito Tanto
o Império Bizantino Quanto SUA Igreja. A ATIVIDADE Missionária liderada a
Partir de Constantinopla de: Não levou uma significativa UMA Expansão do Poder
da Igreja Estatal imperial, POIs como regions FORA DO Controle Político e
militar do Império criaram SUAS Próprias Igrejas estatais, Como FOI O Caso da
Igreja Búlgara los 919.
Justiniano
definitivamente CRIOU UMA forma de cesaropapismo5 acreditando "ter o
Direito EO Dever de Regulamentar com o SUAS leis OS minimos detalhes da
disciplina e fazer Culto e also de ditar como opiniões teológicas Que deveriam
defendidas Pela Igreja" 6. He definiu OS Bispos de Roma, Constantinopla,
Alexandria, Antioquia e Jerusalém Como Líderes da Igreja imperial, soluçar o
nomo de Pentarquia. Nesta Época, uma Igreja Estatal JÁ havia sofrido com a
secessão Definitiva das Igrejas that Hoje formam uma ortodoxia oriental
(Durante um monofisita Controversia), enquanto o cristianismo Ocidental estava
Completamente Sujeito ÀS leis e costumes de Nações Que Localidade: Não tinham
Compromisso None com o imperador7. Os papas de Origem oriental, nomeados UO
Pelo Menos confirmados Pelo Imperador, entendiam Que ELE era also Seu senhor
Politico, mas se recusavam a aceitar SUA Autoridade los assuntos religiosos8 OU
um de concilios convocados POR ELE Como O Caso de Hieria. O papa Gregório III
(r. 731-741) FOI O Último a Compatilhe AO governante bizantino that ratificasse
SUA eleição9. Com a coroação de Carlos Magno não Natal de 800 Como Imperator
Romanorum Pelo Seu Aliado, o papa Leão III, uma Separação Politica Que de facto
Entre ocidente e oriente se tornou irrevogável ea Igreja não ocidente
claramente deixou de Fazer Parte da Igreja Estatal do Império Romano .
Espiritualmente, a calcedoniana Igreja, Como UMA Comunhão Mais Ampla that uma
Igreja Estatal, continuou a persistir Como UMA Entidade Unificada, Pelo Menos
los Teoria, comeu o Grande Cisma, that this quebrou Comunhão na excomunhão
Mútua Entre Roma e Constantinopla los 1054. Onde o Poder do Imperador
permanecia AINDA, a Igreja Estatal reverteu parágrafo uMA forma de
cesaropapismo10 ATÉ Ser Finalmente Extinta na Queda de Constantinopla los 1453.
Como
Atividades Missionárias ocidentais criaram UMA Comunhão de Igrejas Que ia ALÉM
Das Fronteiras do Império e that pré-datava de Criação da Igreja Estatal. A
obliteração dessas Fronteiras Pelos Povos germânicos e UMA Explosão de
Atividades Missionárias Entre enguias - Que Localidade: Não tinham ligações com
o Império Diretas Romano do Oriente, e Entre OS Povos celtas, Que Nunca tinham
Sido Parte do Império Romano, fomentaram a ideia de UMA Igreja Universal
desassociada de QUALQUÉR Estado particular11 eles. Por Lado Outro ", na
Visão romana Do Oriente UO bizantina, when o Império Romano se tornou Cristão,
A Ordem Mundial Desejada POR Deus havia Sido alcançada Perfeita: hum era
Império universal Soberano e concomitante com ELE existia UMA Igreja
universal" ea Igreja Estatal se fundiu psicologicamente com o Imperio de
tal forma Que, na Época da Queda in 1453, muitos Bispos tinham dificuldade de
conceber o cristianismo SEM o imperador12 13.
Autores
Modernos se referem a ESTA Igreja Estatal de Formas Variadas: como "Igreja
Católica", "Igreja Ortodoxa", "Igreja imperial",
"romana imperial Igreja" ou "Igreja bizantina". E de suma
importância lembrar Que alguns destes TERMOS TEM also significados Mais amplos,
fóruns fazer Âmbito do Império Romano, Como É O Caso dos Dois primeiros14. O
Legado da Igreja Estatal romana continua vivo, Direta indiretamente UO, NAS
Modernas Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e Outras, Como a Comunhão Anglicana.
1 História
1.1
Relações com o Estado Durante o cristianismo primitivo
1.2
Fundação e Primeiras controvérsias
1.2.1
Debates cristãos OS between
1.3
Antiguidade Tardia
1.3.1 Fim
do Império Romano do Ocidente
1,4
Patriarcados nenhuma Império Romano do Oriente
1.5
Ascensão fazer Islã
1.6
Expansão do cristianismo na Europa
1.7 Grande
Cisma do Oriente (1054)
2 Legado
Antes Do
Do último Século I, como autoridades romanas reconheceram o cristianismo Como
hum religião distinta do judaísmo. This distinção, provavelmente JÁ existente
na Prática na Época do Grande Incendio de Roma (64), FOI oficializada Pelo
Imperador Nerva POR Volta de 98 e outros Concedente AOS cristãos isenção do
Pagamento fazer Fiscus Iudaicus, o Imposto anual cobrado dos judeus. Plínio, o
Jovem, era when propretor na Bitinia EM 103, assumir los SUAS correspondências
com Trajano Que, POR Localidade: Não Imposto pagarem este, cristãos OS
Localidade: Não ERAM judeus15 16 17.
Tendo los
vista that Impostos Pagar OS era UMA das Formas Que OS judeus demonstravam
boa-Vontade e Lealdade Pará com o Império, Os cristãos tiveram that negociar
SUAS Próprias Alternativas Para evitar uma Participação no Culto imperial. A
recusa los Adorar OS deuses romanos e de homenagear o Divino Imperador
resultou, Em muitas ocasiões, EM perseguições e martírios15 18 19. O Padre da
Igreja Tertuliano, Por Exemplo, tentou argumentar Que o cristianismo de: Não
era inerentemente traidor e Que OS cristãos poderiam oferecer SUAS Próprias
Formas de Oração Pelo Bem-Estar fazer imperador20.
O
cristianismo se espalhou especialmente NAS regions Orientais do Império e Para
Além de SUAS Fronteiras. No ocidente, a Expansão FOI relativamente limitada num
Primeiro Momento, mas Importantes communities cristãos emergiram los Roma,
Cartago um e los To Us Link Centros Urbanos, tornando o cristianismo, não
Século final, fazer III, a Fé dominante lhes algumas. Os cristãos representavam
POR Volta de 10% da População romana EM 300 de a Acordo com algumas
estimativas21.
Em 301, o
Reino da Armênia, that Roma considerava hum reino Cliente de jure, era Mas Que
de facto Parte do Império Parta (a Dinastia reinante era de Origem parta) 22,
se tornou a Primeira Nação a adotar o cristianismo Como SUA Igreja Estatal .
Fundação e
Primeiras controvérsias
Ver
Principal Artigo: Primeiros Sete concilios ecumênicos
Principais
comunhões Cristas Nos Séculos IV, V e VI
Comunhão
Principais Igrejas Principais Centros
Cristianismo
calcedoniano
(DEPOIS de
451) Igreja imperial Romana
Igrejas
ocidentais de: Não imperiais
Igreja
Georgiana Roma, Alexandria, Antioquia, Constantinopla,
Reinos na
Geórgia (Cólquida e Reino da Ibéria)
Nestorianismo
(DEPOIS de
431) Igreja Persa Síria,
Império
Sassânida (Pérsia) 23
Miafisismo
(DEPOIS de
451) Igreja Armênia
Igreja
Copta
Igreja
siríaca
Igreja
etíope
Armênia,
Síria, Egito24
Donatismo
(Praticamente
extinto DEPOIS de 411) Norte da África25
Arianismo
Maior Parte do Império Romano do Oriente ATÉ 380
Tribos
góticas26
Em 311, o
Imperador moribundo Galério encerrou uma Perseguição de Diocleciano - Que
acredita-se ter Sido instigada POR ele - e,, los 313, o Imperador Constantino
fez PUBLICAR o Édito de Milão that concedia AOS cristãos e To Us Link crentes
"O Direito de observar Livre e Abertamente SUA Fe "27.
Logo
Constantino começou a utilizar simbolos cristãos Como o Chi-Rho não Inicio de
Seu Reinado, mas AINDA encorajava como Práticas Religiosas Tradicionais
romanas, incluíndo a Devoção do Sol Invicto. Em 330, ELE fundou a Cidade de
Constantinopla Como SUA nova par de capital o Império e ELA se tornaria, no
Futuro, o centro intelectual e cultural principais do Mundo cristão28.
Durante o
Século IV, a cristandade FOI POR consumida debates SOBRE O Que Seria
"ortodoxo", OU SEJA, cais Quais d'Orsay doutrinas Religiosas seriam
como corretas. No Início do Século, um Grupo no norte da África, posteriormente
Chamado de donatistas, Que acreditava n'uma Interpretação Bastante rigida fazer
cristianismo that excluía de Todos os Fieis Que haviam Abandonado a Fé OU
entregado Livros Sagrados AOS romanos Durante a Perseguição de Diocleciano,
Crise criaram UMA não império29.
Um Sínodo
OU FOI Concilio Realizado los Roma EM 313, seguido de Arles Outro Em Em 314,
Este ÚLTIMO presidido POR Constantino, era that AINDA o Imperador Júnior na
OCASIÃO (vide tetrarquía). Estes sínodos determinaram Que a Fé donatista era
UMA heresia e, when OS donatistas se recusaram a abandoná-la, Constantino
lançou a Primeira Campanha de Perseguição de cristãos POR cristãos, inciando
ASSIM uma Interferência imperial na Teologia Cristã. Porem, Durante o Reinado
do Imperador Juliano, o Apóstata, donatistas OS, Que JÁ havia Trinta anos30
ERAM a maioria dos Fieis NAS Províncias do norte da África, receberam Permissão
oficial Pará continuarem existindo31.
Cristãos
Debates
TODOS
OS cristãos do Império, Acadêmicos e Leigos, se envolveram CADA Vez Mais los
debates cristologia SOBRE, OU SEJA, o Estudo de Cristo. Como opiniões variavam
da Crença de Que Jesus era inteiramente Humano (ebionismo) à inversa, de that
ELE Seria inteiramente divino (docetismo). O debate Mais persistente se DEU
Entre OS homoousianos (also chamados de atanasianos), Que acreditavam Que o Pai
EO Filho compartilhavam da MESMA substancia, from semper, a instâncias Visão
that adotada no Concílio convocado POR Constantino los Niceia los 325, e OS
homoiousianos (Arianos), Que acreditavam Que o Pai era Maior Que o Filho e
Cujas DIVERSAS subdivisões ensinavam Variadas Formas de similaridade Entre Os
Dois. Imperadores OS, da MESMA forma, also se envolveram NAS disputas da
Igreja, Cada Vez Mais dividida32.
Constantino
estava dividido (inclusive SOBRE SUA Fé Cristã), mas, na Maior Parte das-fold,
apoiou o Grupo de Atanásio, embora tenha Sido batizado Pelo bispo ariano
Eusébio de Nicomédia. Seu sucessor, Constâncio II, apoiava UMA posição
semi-ariana enquanto that Juliano, o Apóstata, tentou reverter Completamente
Pará uma religião Pagã tradicional, mas Seu plano FOI frustrado Pelo Seu
sucessor, Joviano, um atanasiano.
Um
Concilio los Rimini los 359 apoiou OS Arianos e hum Outro, EM Constantinopla
los 360, Chegou NUMA Solução de Compromisso Entre atanasianos e Arianos (vide
semi-arianismo), Uma derrota Ortodoxos parágrafo OS. Finalmente, o Concílio de
Constantinopla de 381, convocado Pelo Imperador Teodósio I, reafirmou a Visão
nicena (atanasiana) e rejeitou OS Arianos. Este Concilio refinou AINDA Mais uma
Definição de ortodoxia publicando, de a Acordo com a Tradição, o credo
niceno-constantinopolitano.
Em 27 de
fevereiro do Ano anterior, Teodósio I havia estabelecido, com o Édito de
Tessalonica, o cristianismo fazer Primeiro Concílio de Niceia Como a religião
Estatal oficial do Império, reservando parágrafo SEUS seguidores o Título de
"cristãos católicos" e declarando Que OS that Localidade: Não
seguissem a religião ensinada Pelo papa Dâmaso I de Roma e Pelo papa Pedro II
de Alexandria deveriam Ser chamados de heréticos33:
"E
Nosso Desejo Que TODAS como DIVERSAS Nações that São sujeitas à Nossa Clemência
e Moderação Devam Continuar a professar uma religião that was dada AOS romanos
Pelo divino apóstolo Pedro, Como preservada Pela Tradição dos Fieis, e Que É
ágora professada Pelos pontífices Dâmaso e Pedro , bispo de Alexandria, um
Homem de Santidade Apostolica. De a Acordo com a doutrina apostólica ea
doutrina do Evangelho, acreditemos los UMA divindade do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, lhes Igual majestade e lhes Santíssima Trindade. Autorizamos OS
seguidores Desta lei a assumir o Título de cristãos católicos; mas OS Demais,
Uma Vez Que, EM Nosso Julgamento, São loucos e Tolos, decretamos Que sejam
marcados com o ignominioso nomo de heréticos e Que Localidade: Não tenham a
pretensão de dar AOS SEUS conventículos o nomo de Igreja. ELES sofrerão los
Primeiro Lugar o castigo da divina condenação e, EM SEGUNDO, uma punição de
Nossa Autoridade Que, de a Acordo com a Vontade do Céu, decidamos infligir.
"
- Édito de
Tessalonica,
Em 391,
Teodósio fechou de Todos os Templos "pagãos" (Não-cristãos e
Não-judeus) e proibiu formalmente o Culto pagão.
Antiguidade
Tardia
Mudanças nd
Extensão do Império Bizantino
476 - Fim
do Império Romano do Ocidente; 550 - Conquistas de Justiniano I; 717 - Ascensão
de Leão III, o Isáurio; 867 - Ascensão de Basílio II Bulgaróctone; 1025 - Morte
de Basílio II Bulgaróctone; 1095 - Vésperas da Primeira Cruzada; 1170 - Sob
Manuel I Comneno; 1270 - Sob Miguel VIII Paleólogo; 1400 - Antes da Queda de
Constantinopla;
Não faça
último Século IV, o Império Romano JÁ estava efetivamente dividido los DOIS
ESTADOS Independentes, embora a Igreja ea Economia, Que acabara de Ser
transformada los Estatal, AINDA estivessem fortemente inter-relacionadas. Como
DUAS Metades do Império de sempre tiveram Diferenças Culturais, exemplificadas
principalmente Pelo AMPLO USO do Grego não oriente e Seu OSU Muito Mais
limitado no ocidente (o Grego, Assim Como o LATIM, utilizados ERAM não
ocidente, mas apenas Este era Falado Pela População).
Na Época
da Fundação da Igreja Estatal não faça último Século IV, Os Acadêmicos nenhuma
ocidente JÁ haviam Abandonado o USO do Grego los favor fazer LATIM. MESMO a
Igreja de Roma, Onde o Grego Vinha Sendo Utilizado na liturgia POR Mais Tempo
do that NAS Províncias, abandonou o grego34. A a substituir Vulgata de Jerônimo
começou also como Traduções latinas Mais Antigas da biblia.
O Século V
veria AINDA Mais rupturas na Igreja Estatal do Império Romano. O Imperador
Teodósio II convocou Dois sínodos los Éfeso, O Primeiro los 431 EO Outro los
449. O Primeiro DELES condenou OS ensinamentos fazer arcebispo de
Constantinopla Nestorio EO Segundo defendeu OS ensinamentos monofisitas fazer
arquimandrita Eutiques contra o arcebispo Flaviano de Constantinopla35.
Era
Nestorio contra o OSU de Theotokos ("portadora de Deus"), um Título
that Vinha se popularizando Entre Évora Clássica Para se referir a Maria, e,
parágrafo Conte-lo, ensinava that como naturezas divina e Humana de Cristo ERAM
PESSOAS distintas e , portanto, Maria Seria Mãe de Jesus, mas Localidade: Não a
"Mãe de Deus", Dando um entendre Que Jesus Seria Mais Humano Que
divino. Eutiques, na outra ponta do Espectro Teológico, ensinava Que havia lhes
Cristo apenas UMA Única Natureza, divina e Diferente da encontrada Nos Demais
Seres Humanos. O Primeiro Concílio de Éfeso rejeitou como ideias de Nestorio, O
Que fez com that algumas das Igrejas centradas na Escola de Edessa, Uma Cidade
na Fronteira sassânida do Império, se separassem (Veja cisma nestoriano) 36.
Perseguidos
no Império Romano, muitos nestorianos fugiram par o Império Sassânida e se
juntaram à Igreja Persa (a futura Igreja do Oriente). O Segundo Concílio de
Éfeso defendeu uma Visão de Eutiques, mas FOI desautorizado Dois Anos DEPOIS
Pelo Concílio de Calcedônia, convocado Pelo Imperador Marciano. A rejeição da
doutrina calcedoniana provocou a saida da Igreja Estatal da maioria dos
cristãos não Egito e muitos não Levante, that preferiam uma Teologia miafisita
(UMA forma atenuada do monofisismo defendido POR Eutiques, mas AINDA ASSIM
Diferente fazer diafisismo calcedoniano) 37.
ASSIM, de
Além de Perder TODO o ocidente, a Igreja Estatal sofreu forte diminuição UMA
also não oriente JÁ não Seu Primeiro Século de Vida. Os Que defendiam a
doutrina do Concílio de Calcedónia conhecidos ficaram EM Língua siríaca Como
melquitas, uma "Igreja imperial", seguidores do "Imperador"
(EM siríaco: malka) 38. Este cisma resultou n'uma Comunidade Independente de
Igrejas Que inclui um Egípcia, siríaca, etíope ea Armênia e e conhecida
atualmente Como ortodoxia Oriental39. Apesar destes Cismas, porem, um AINDA
imperial Igreja representava a maioria dos cristãos Dentro fazer CADA Vez Menor
Império Romano40.
Fim do
Império Romano do Ocidente
No Século
V, o Império Romano do Ocidente decaiu rapidamente e JÁ Localidade: Não existia
nenhuma Mais do Século final. No Espaço de UMAs poucas Décadas, como Tribos
germânicas, principalmente OS godos e vandalos, conquistaram como Provincias
ocidentais. Roma saqueada was in 410 e 455 e lhes Seria Novamente sem seguinte
Século, EM 54626.
Em 476, o
Líder militar Odoacro conquistou a Itália e depos O Último Imperador fazer
ocidente, Rômulo Augusto, mas AINDA se manteve, nominalmente, um soluçar
Autoridade de Constantinopla. Como Tribos germânicas, arianas, criaram SUAS
Próprias Igrejas, com Bispos distintos da Estrutura Estatal, NAS Provincias
ocidentais, mas ERAM geralmente tolerantes com OS Que escolhessem Permanecer
los Comunhão com a Igreja estatal26.
Em 533, o
Imperador Justiniano I lançou UMA Campanha militar de para reconquistar como
Províncias ocidentais dos germânicos Arianos, começando com o norte da África e
seguindo um parágrafo Itália. Seu Sucesso los recapturar a Maior Parte do
Mediterrâneo Ocidental FOI, contudo, Temporário. A Maior Parte dos ganhos se
Perdeu, mas Roma, Como Parte do Exarcado de Ravena, se manteve ATÉ 751.
Justiniano
definitivamente CRIOU UMA forma de cesaropapismo41 acreditando "ter o
Direito EO Dever de Regulamentar com o SUAS leis OS minimos detalhes da
disciplina e fazer Culto e also de ditar como opiniões teológicas Que deveriam
defendidas Pela Igreja" 42. De a Acordo com hum verbete los Liddell e
Scott, o Termo "ortodoxo" Pela Primeira Vez ocorre nenhuma Codex
Justiniano: "Ordenamos that TODAS como Igrejas Católicas, POR TODO O
Mundo, colocadas sejam soluçar o Controle dos Bispos Ortodoxos that abraçaram o
credo niceno. "43.
Ja não
faça último Século VI, a Igreja Estatal imperial estava firmemente Ligada AO
Governo imperial44, enquanto o cristianismo Ocidental estava majoritariamente
Sujeito ÀS leis e costumes de varias Nações Que Localidade: Não tinham
Compromisso None com o imperador45.
Patriarcados
nenhuma Império Romano do Oriente
Mapa de
1800 mostrando o Território de CADA UM dos patriarcados Orientais da
pentarquia: Amarelo - Alexandria; Vermelho - Jerusalém; Verde Claro - Antioquia;
Verde Escuro - Constantinopla. Todo o ocidente era jurisdição de Roma.
Mais
informaçoes: Pentarquia e Patriarcado
O
Imperador Justiniano I designou um SES cinco, Roma, Constantinopla, Alexandria,
Antioquia e Jerusalém, Uma Autoridade eclesiástica superior, e, EM Conjunto,
SUAS jurisdições abarcavam TODO o Seu Império. O Primeiro Concílio de Niceia,
EM 325, reafirmou Que o bispo de capitais UMA provincial, bispo metropolitano
Chamado, Uma tinha Certa Autoridade SOBRE OS Demais Bispos da província46. Mas ELE
also reconheceu a existencia de UMA Autoridade supra-metropolitana NAS SES de
Roma, Alexandria e Antioquia47 e concedeu hum reconhecimento especial a
Jerusalém48 49 50.
Constantinopla
FOI adicionada à Lista nenhuma Primeiro Concílio de Constantinopla (381) e 51 e
recebeu inicialmente Autoridade somente Sobre a Tracia. Atraves de hum Cânone
de Validade contestada52, o Concílio de Calcedônia (451) colocou como
Províncias da Ásia e fazer Ponto53, juntas Que compunham a Anatólia, soluçar
uma jurisdição de Constantinopla, MESMO tendão de uma Autonomia delas Sido
Reconhecida no Concilio de 38.154 55.
Roma
jamais reconheceu ESSA pentarquia de Cinco SES Como constituindo a Liderança da
Igreja Estatal. Ela defendia Que, de a Acordo com o Primeiro Concílio de Niceia,
apenas como Tres SES "petrinas" - Roma, Alexandria e Antioquia -
tinham alguma função patriarcal de fato56. Cañones de Os fazer Concílio
Quinisexto, de 692, that sancionaram o decreto de Justiniano, igualmente jamais
foram aceitos não ocidente57.
Como Conquistas
muçulmanas dos Territórios dos patriarcados de Alexandria (Egito), Antioquia e
Jerusalém (Síria), cujos Habitantes cristãos (monofisitas) haviam Já, de
QUALQUÉR forma, Sido Perdidos Pará a Igreja Estatal (calcedoniana) DEPOIS fazer
Concílio de Calcedônia, deixaram sobrando apenas DOIS patriarcados efetivos:
Roma e Constantinopla58. Entao, EM 740, o Imperador Leão III, o Isáurio, reagiu
à Resistência papal à SUA POLITICA iconoclasta transferindo a jurisdição de
Roma parágrafo Constantinopla, Deixando AO papa apenas UMA minuscula Porcão
fazer império59.
O
patriarca de Constantinopla JÁ Vinha adotando o Título de "Patriarca
Ecuménico", O Que deixava Claro Como ELE entendia SUA posição não
oikoumene, O Mundo Cristão: idealmente liderado Pelo Imperador e Pelo patriarca
that reinavam na capital de imperial60 61. Desta forma e also soluço Influência
do Modelo imperial de governança da Igreja Estatal, na qua "o Imperador se
Torna o Orgão Executivo de Fato da Igreja universal" 62, o Modelo da pentarquia
regrediu parágrafo UMA monarquia encabeçada Pelo patriarca de Constantinopla62
63.
Ascensão
do Islã Era dos Califas
Expansão Durante a Época de Maomé, 622-632
Expansão Durante o califado Rashidun, 632-661
Expansão Durante o califado omíada, 661-750
O califado
Rashidun, soluçar a bandeira do Islã, começou a se Expandir a Partir da Arábia
não Século VII, enfrentando OS bizantinos Pela Primeira Vez los 634. bizantinos
e persas sassânidas estavam esgotados POR Décadas de guerra Entre si e, JA não
do Século definitiva VIII, o califado omíada (sucessor do Estado rashidun)
havia Conquistado Toda Pérsia ea Maior Parte do Território bizantino, incluíndo
o Egito, a Palestina ea Síria.
Num Átimo,
a Maior Parte do Mundo Cristão estava ágora soluçar o jugo Muçulmano. Seguintes
nsa Séculos, ESTADOS islâmicos se tornariam Os mais Poderosos do Mundo
Mediterrâneo.
Embora a
Igreja Estatal reivindicasse Para Si a Autoridade religiosa SOBRE OS cristãos
do Egito e do Levante, uma era Realidade Que a maioria dos cristãos destas
regions JÁ ERAM miafisitas e Membros de seitas Otras Que havia Muito vinham
Sendo perseguidas POR Constantinopla. Os Novos governantes muçulmanos, Por
Outro Lado, ofereciam Tolerância religiosa parágrafo OS cristãos de QUALQUÉR
seita. Disso de Além, súditos OS fazer califado podiam Ser aceitos Como
muçulmanos Simplesmente declarando-se um Fieis UMA Única divindade Cujo profeta
Maomé era (a shahada). Como consequencia, Povos OS do Egito, Palestina e Síria
aceitaram EM SEUS Massa Novos senhores e muitos si declararam muçulmanos no
Espaço de poucas Gerações.
A Expansão
Muçulmana continuou posteriormente los Otras contraditório da Europa,
particularmente na Península Ibérica (Veja al-Andalus) 64.
Expansão
do cristianismo na Europa
Durante o
Século IX, o Imperador lhes Constantinopla encorajou Expedições Missionárias
NAS Nações vizinhas, incluíndo o califado Muçulmano e Entre OS Turcos Cazares.
Em 862, ELE enviou os Santos Cirilo e Metodio parágrafo pregar AOS eslavos da
Grande Morávia. Na Época, a Maior Parte da População eslava da Bulgária JÁ era
Cristã EO PROPRIO czar Bóris I was in batizado 864. A Sérvia era considerada
Cristã JÁ los 87.065. No Inicio de 867, o patriarca de Constantinopla Fócio
escreveu Que o cristianismo havia Sido Aceito Pelos rus 'de Kiev, um Povo Que,
contudo, a Só Seria Totalmente cristianizado no seguinte Século.
Destes, a
Igreja da Grande Morávia escolheu de Imediato se Ligar com Roma e Localidade:
Não com Constantinopla: OS Missionários enviados para la se aliaram AO papa
Durante o cisma de Fócio (863-867) 66. DEPOIS de Vitórias decisivas OS contra
bizantinos los Anquíalo e Katasyrtai, a Bulgária declarou SUA Igreja autocéfala
ea elevou AO estatuto de patriarcado, Uma Autonomia Reconhecida los 927 POR
Constantinopla67 68, mas abolida Pelo Imperador Basílio II Bulgaróctone
("matador de búlgaros") DEPOIS de SUA conquista bizantina da
Bulgária.
Na Sérvia,
Que se tornou hum reino Independente não Início do Século XIII, Estêvão IV
Duchan, DEPOIS de Conquistar grande Parte do Território bizantino na Europa e
de assumir o Título de tsar, elevou o arcebispo Sérvio AO estatuto de patriarca
los 1346, posição UMA Que ELE manteve Ate a conquista do Império Bizantino
Pelos Turcos otomanos. Por FIM, None Imperador bizantino jamais governou OS
cristãos da Rússia.
A Expansão
da Igreja não ocidente e no norte da Europa começou Muito Mais Cedo, com a
Conversão dos irlandeses não Século V, dos Francos não MESMO Século Do final,
dos visigodos Arianos da espanha (Reino visigótico) algum ritmo e DEPOIS dos
Ingleses não finais do Século VI. NA EPOCA Das Missões bizantinas uma Europa
central e oriental, a Europa Ocidental Cristã, apesar de ter perdido Quase Toda
a espanha Pará o Islã, JA abrangia a Germânia e contraditório da Escandinavia
e, com Exceção do sul da Itália, era Independente do Império Bizantino e era JÁ
havia muitos Séculos.
This
SITUAÇÃO fomentou a ideia de UMA Igreja Universal de: Não Ligada um Estado None
los particular69 e da qua a Igreja Estatal do Império Romano Seria apenas
contraditório. Muito Antes da derrocada do Império Bizantino, a Região da
poloneses, Húngaros e To Us Link Povos da Europa ERAM Parte de UMA Igreja Que
de forma alguma se enxergava Como Parte da Igreja Estatal imperial e Que,
DEPOIS do Grande Cisma do Oriente, JA de: Não estava los Comunhão com ELA.
Grande
Cisma do Oriente (1054)
Mapa
mostrando a jurisdição de Das UMA CADA Igrejas resultantes do Grande Cisma do
Oriente, a Igreja Católica (laranja) ea Igreja Ortodoxa (azul).
Ver
Principal Artigo: Grande Cisma do Oriente
Em 751,
com a morte ea derrota fazer ÚLTIMO exarca de Ravena EO Fim do Exarcado, Roma
deixou de Ser-parte do Império Bizantino. Forcados a buscar Proteção los Outro
lugar70, Os papas se voltaram parágrafo OS francos e, com a coroação de Carlos
Magno POR Leão III não Natal de 800, transferiram SUA Lealdade parágrafo hum
Imperador rival. Mais claramente fazer that Antes, a Igreja do ocidente, AINDA
los Comunhão com a Igreja Estatal do Império Bizantino, era de: Não Mais Parte
Dela. Disputas Entre a Sé de Roma, that reivindicava Autoridade SOBRE TODAS
como Demais SES, ea de Constantinopla, Que Localidade: Não tinha rival no
Âmbito do Império, culminaram, TALVEZ inevitavelmente71, na Mútua excomunhão de
1054.
A Comunhão
com Constantinopla FOI POR rompida de Todos os cristãos europeus com Exceção
dos that AINDA ERAM governados Pelo Império (incluíndo OS búlgaros e Servios) e
OS fragilizados rus 'de Kiev, Que estavam Organizados n'uma sé metropolitana
fazer patriarcado de Constantinopla. This Igreja (Que se tornaria a Igreja
Ortodoxa Russa) Então, se tornaria Independente los 1448, apenas Cinco Anos
Antes da extinção fazer império72, DEPOIS da qua como autoridades Turcas
incluiriam de Todos os súditos cristãos, Independente da etnia, num Único milho
encabeçado Pelo patriarca de Constantinopla.
Os
ocidentais that criaram OS ESTADOS cruzados na Grécia e No Oriente do Médio
nomearam patriarcas e To Us Link hierarcas latinos (ocidentais), Realizando
concreta e permanentemente o cisma73 74 75. Esforços foram Feitos los 1247 (a
"União das Igrejas" fazer Segundo Concílio de Lyon) e in 1439 (a
"União de Florença" no Concílio de Florença) Para reunir o ocidente
EO oriente, mas OS Acordos alcançados pelas delegações Participantes e Pelo
Imperador foram posteriormente rejeitados Pela Vasta maioria dos cristãos
bizantinos.
No
oriente, a ideia de Que o Imperador bizantino era o Líder dos cristãos lhes
Todo Mundo persistiu Entre o clero Durante Toda a existencia do Império, MESMO
when o Território bizantino estava Reduzido Praticamente à Cidade de
Constantinopla. Em 1393, apenas 60 Anos Antes da Queda da Capital, o patriarca
Antônio IV de Constantinopla escreveu Pará Basílio I da Moscóvia defendendo a
Comemoração Liturgica do Imperador bizantino NAS Igrejas russas com o Argumento
de Que ELE era o "Imperador (Basileu) e autocrator dos romanos, OU SEJA,
DE 'de Todos os cristãos' "76. De a Acordo com o patriarca Antônio,
"Localidade: Não E Possível Entre OS cristãos ter UMA Igreja e Localidade:
Não ter hum Imperador. Pois o Império ea Igreja TEM Grande Unidade e
comunalidade e Localidade: Não E Possível separa-los" 77 78 79 e "o
sagrado Imperador de: Não e Como OS soberanos e governantes de Otras regions
"79 80.
Legado
DEPOIS
fazer cisma Entre como Igrejas fazer ocidente e do Oriente, Vários Imperadores
tentaram, EM Épocas Diferentes e SEM Sucesso, reunir a Igreja invocando uma
Noção da Unidade Cristã n'uma Tentativa de obter o Apoio do Papa e da Europa
Ocidental OS contra muçulmanos that estavam gradualmente Conquistando TODO o
Território imperial. Mas o PERÍODO das Cruzadas ocidentais OS contra muçulmanos
era JÁ Passado MESMO Antes da Realização do Primeiro dos Dois concilios
convocados parágrafo TRATAR da reuniao.
Segundo
Jorge Paquimeres, MESMO when perseguida Pelo Imperador, a Igreja oriental,
"Os Dias contava ATÉ when seriam capazes de se livrar de: Não de Seu
Imperador (POIs Localidade: Não conseguiriam Viver SEM UM Imperador Mais Que
fazer hum Corpo SEM UMA Cabeça), mas de SEUS Atuais infortúnios "81.A igreja
estatal havia se fundido psicologicamente nas mentes dos bispos orientais de
tal forma que eles tinham dificuldades em imaginar o cristianismo sem o
imperador82 .
Na Europa
ocidental, por outro lado, a ideia de uma igreja universal ligada ao imperador
de Constantinopla foi substituída por outra na qual a sé de Roma era suprema83
. "Ser membro de uma igreja universal substituiu a cidadania num império
universal. Por toda a Europa, da Itália à Irlanda, uma nova sociedade centrada
no cristianismo estava se formando"84 .
A Igreja
ocidental passou então a enfatizar o termo "católica" em sua
identidade, uma afirmação de sua universalidade, enquanto que a oriental passou
a enfatizar o termo "ortodoxa", afirmando sua defesa dos verdadeiros
ensinamentos de Jesus. Ambas reivindicam a honra de serem a única continuação
de uma igreja calcedoniana unida, cujas doutrinas centrais seriam mantidas
muito depois por muitas das igrejas que emergiriam da Reforma Protestante,
incluindo o luteranismo e o anglicanismo
LISTA DE HERESIAS E TRADIÇÕES
HUMANAS ADOTADAS E PERPETUADAS PELA IGREJA CATÓLICA ROMANA, AO LONGO DE 1.600
ANOS.
___________________
|
d.C.
|
1. DE TODAS AS
TRADIÇÕES HUMANAS ensinadas e praticadas pela Igreja Católica Romana, que são
contrárias à Bíblia, as mais antigas são as preces para os mortos e
o sinal da Cruz. Ambas surgiram 300 anos após Cristo
.............................................................................................................
|
310
|
2. As Velas de
parafina foram introduzidas na igreja cerca de
.............................
|
300
|
3. A Veneração
aos anjos e santos mortos cerca de
.........................................
|
375
|
4. A Missa,
como uma celebração diária, adotada em
..........................................
|
394
|
5. A Adoração a
Maria, mãe de Jesus, e o uso do termo, "Mãe de Deus", como aplicado
a ela, teve origem no conselho de Efésios em
..........................................
|
431
|
6. Os Padres
passaram a se vestir diferentemente dos leigos em ............................
|
500
|
7. A doutrina
do Purgatório foi estabelecida primeiro, por Gregório o Grande, a
cerca do ano de
....................................................................................................
|
593
|
8. O Latin,
como língua das orações e dos cultos nas igrejas, foi também imposto pelo
Papa Gregório I. 600 anos após Cristo
......................................................... A palavra de Deus
proíbe a oração e a pregação em uma língua desconhecida. ( I Cor. 14:9).
|
600
|
9. A Bíblia ensina
que oremos a Deus apenas. Na igreja primitiva, nunca houveram orações
dirigidas a Maria, nem aos santos mortos. Esta prática começou na Igreja
Romana cerca de ........................................................................................
(Mateus 11:28; Lucas 1:46; Atos 10: 25-26; 14: 14-18).
|
600
|
10.
O Papado é de origem pagã. O título papa ou bispo
universal, foi dado ao bispo de Roma, pelo cruel imperador Phocas,
primeiramente no ano de .................
Ele deu este nome a ele com o objetivo de causar um descontentamento ao Bispo Ciriacus de Constantinopla, quem justamente o excomungou por ter causado a morte de seu antecessor, imperador Mauritus. Gregório I, o então bispo de Roma, recusou o título, mas seu sucessor, Bonifácio III, foi o primeiro a assumir o título de "papa." Jesus não apontou Pedro ao comando de seus apóstolos, e proibiu qualquer um a tal posto. (Lucas 22: 24-26; Efésios 1:22-23; Colossenses 1:18; I Coríntios 3:11). Nota: - Nem há qualquer menção nas Escrituras, nem na história, que afirma que Pedro em algum momento esteve em Roma, tampouco que ele fora papa lá por 25 anos; Clemente, 3º Bispo de Roma, ressalta que não há nenhuma evidência real do século I, de afirmar que Pedro em algum momento esteve em Roma. |
610
|
11. O ato de
beijar os pés do Papa começou
em..............................................
Era um costume pagão beijar os pés de imperadores. A palavra de Deus proíbe tais práticas. (Leia Atos 10: 25-26; Rev. 19:10; 22:9). |
709
|
12. O poder
Temporal dos Papas começou em
.................................................
Quando Pepin, o usurpador do trono da França, dirigiu-se a Itália, convocado pelo Papa Stephen II, para a guerra contra os Longobards Italianos, ele os dizimou, e deu a cidade de Roma e suas vizinhanças ao papa. Jesus expressamente proíbe tal coisa, e Ele mesmo recusou ser posto rei do mundo. (Leia Mateus 4: 8-9; 20: 25-26, João 18:38). |
750
|
13. Veneração
da cruz, de imagens e relíquias foi autorizada em ....................
Isto foi por ordem da Imperatriz Irene de Constantinopla, quem causou a
extirpação dos olhos de seu próprio filho, Constantino VI, e então chamou um
conselho da igreja, por solicitação do papa de Roma Hadrian I, naquele tempo.
Tal prática é simplesmente chamada de IDOLATRIA na Bíblia, e é severamente
condenada. (Leia Êxodos 20:4; 3:17; Deuteronômio 27:15: Salmos 115).
|
788
|
14. A Água
Benta, misturada com uma pitada de sal e abençoada pelo padre, foi autorizada
em
.......................................................................................................
|
850
|
15. A Veneração a
São José começou em
............................................................
|
890
|
16. O Batismo
dos sinos foi instituído pelo papa João XIV, no ano de ................
|
965
|
17.
A Canonização dos santos mortos, foi feita pelo Papa João XV.
................. Todos os crentes e seguidores de Cristo, são chamados de
santos pela Bíblia. (Leia Romanos 1:7; I Coríntios 1:2).
|
995
|
18. Jejuar as
sextas-feiras e durante as Quaresmas, foram tradições impostas no
ano de
......................................................................................................................
pelos papas, que se disseram interessados pelo comércio de peixe. (bula papal, ou permitir que se coma carne), algumas autoridades dizem, que começou no ano de 700. Isto é contra o claro ensino do Evangelho. (Leia Mateus 15:10; I Coríntios 10:25; I Timóteo 4:1-3). |
998
|
19.
A Missa foi desenvolvida gradualmente como um sacrifício; passou a
ser obrigatória no Século XI.
O Evangelho ensina que o sacrifício de Cristo foi oferecido uma vez para todos, e não é para ser repetido, mas apenas lembrado na Ceia do Senhor. (Leia Hebreus 7:27; 9:26-28; 10:10-14). |
|
20.
O celibato do sacerdócio foi decretado pelo Papa Hildebrand,
Bonifácio VII, no ano de
............................................................................................................
Jesus não impôs nenhuma regra parecida, nem os seus apóstolos. Pelo contrário, São Pedro foi um homem casado, e São Paulo diz que convém que os bispos tenham mulher e filhos. (Leia I Timóteo 3:2,5, e 12; Mateus 8: 14-15). |
1079
|
21. O Rosário,
ou o terço de oração, foi introduzido pelo Pedro o Eremita, no ano de 1090.
Copiado dos Hindus e Muçulmanos
................................................
A diversidade de orações é uma prática pagã, e é expressamente condenada por Cristo. (Mateus 6 :5-13). |
1090
|
22.
A Inquisição dos hereges foi instituída pelo Conselho de Verona, no
ano de 1184. Jesus nunca ensinou o uso da força para difundir Sua religião
.....................
|
1184
|
23. A venda
de Indulgências, usualmente considerada como a compra do perdão que
permite indultar o pecado, começou no ano de
.............................................. O Cristianismo, conforme o que
ensina o Evangelho, condena tal comercio, e foi o protesto contra este
tráfico que trouxe a tona a Reforma Protestante no Século XVI.
|
1190
|
24. O Dogma
da Transubstanciação foi decretado pelo Papa Inocêncio III, no ano
......................................................................................................................
Através desta doutrina, o padre pretende fazer um milagre diário, de transformar uma hóstia no próprio corpo de Cristo, e então, ele finge come-lO vivo na presença do povo durante a Missa. O Evangelho condena tais absurdos; A Ceia do Senhor é simplesmente um memorial do sacrifício de Cristo. A presença espiritual de Cristo está implicada no Sacramento. (Leia Lucas 22: 19-20; João 6:35; I Coríntios 11:26). |
1215
|
25.
A Confissão dos pecados ao padre, uma vez ao ano, foi instituída pelo
Papa Inocêncio III, no Conselho de Lateran, no ano de
................................................. O Evangelho nos ordena que
confessemos nossos pecados diretamente a Deus. (Leia Salmos 51: -10; Lucas
7:48; 15:21; I João 1:8-9).
|
1215
|
26. A adoração
à Hóstia, foi decretada pelo Papa Honório, no ano de ................ Deste
modo, a Igreja Romana adora um Deus feito pelas mãos do homem. Isto é grossa
idolatria, e absolutamente contrária ao espírito do Evangelho. (Leia João
4:24).
|
1220
|
27. A
proibição da Bíblia aos leigos, e a sua inclusão na lista de livros
proibidos pelo conselho de Valência em
..............................................................................
Jesus ordena que as Escrituras sejam lidas por todos. (João 5:39; I Timóteo 3:15-17). |
1287
|
28.
O Escapulário foi inventado por Simon Stock, um monge inglês, no
ano de .... Trata-se de uma tira de tecido marrom, com o desenho da Virgem,
que supõe conter virtudes sobrenaturais para proteger de todos os perigos,
aqueles que as vestirem sobre a pele nua. Isto é feiticismo.
|
1287
|
29. A Igreja
Romana proibiu o cálice aos fiéis, pela instituição de um tipo só
no Conselho de Constância em .................................................................................
O Evangelho nos ordena que celebremos a Ceia do Senho com pão e fruto da
vide. (Leia Mateus 26:27; I Coríntios 11: 26-29).
|
1414
|
30. A Doutrina
do Purgatório foi proclamada como dogma de fé, pelo Conselho de Florença
em
.....................................................................................................
Não existe nenhuma palavra na Bíblia que ensina o purgatório dos padres. O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todos os pecados. (Leia I João 1:7-9; 2:1-2; João 5:24, Romanos 8:1). |
1439
|
31. A doutrina
dos 7 Sacramentos foi afirmada em
..............................................
O Evangelho diz que Cristo instituiu apenas duas ordenanças, o Batismo e a Ceia do Senhor. (Leia Mateus 28:19-20; 26:26-28). |
1439
|
32. A Ave
Maria, parte da última metade de
.......................................................
Cinqüenta anos depois, e então, foi finalmente aprovado pelo Papa Sixtus V, ao final do Século XVI. |
1508
|
33. O Conselho de
Trento, ocorrido no ano de 1545, declarou que a Tradiçãotivesse
autoridade igual à Bíblia
............................................................................
Pela tradição quer dizer os ensinamentos dos homens. Os Fariseus creram do mesmo modo, e Jesus amargamente os condenou, pois por ensinar tradições humanas, eles negaram os mandamentos de Deus. (Leia Marcos 7:7-13; Colossenses 2-8; Apocalipse 22:18). |
1545
|
34. Os livros
apócrifos também foram incluídos à Bíblia pelo Conselho de Trento, em
.......................................................................................................................
Estes livros não foram reconhecidos como canônicos pela Igreja primitiva
(Leia Apocalipse 22: 8-9).
|
1546
|
35. O Credo do
Papa Pius IV, foi imposto como credo oficial 1560 anos após Cristo e os
Apóstolos, em
.....................................................................................
Os verdadeiros Cristãos mantêm as Escrituras Sagradas e o Credo dos Apóstolos, como seus únicos credos. Sendo assim, o credo deles é 1.500 anos mais antigo do que o credo dos Católicos Romanos. (Leia Gálatas 1:8). |
1560
|
36.
A Concepção Imaculada da Virgem Maria foi proclamada pelo Papa Pius
IX no ano de ............................................................................................................
O Evangelho diz que todos os homens, com a única exceção de Cristo, são
pecadores. A própria Maria, necessitou de um Salvador. (Leia Romanos 3:23;
5:12; Salmos 51:5; Lucas 1:30; 46-47.)
|
1854
|
37. No ano 1870
após Cristo, o Papa Pius IX proclamou o dogma daInfalibilidade
Papal............................................................................................
Isto é uma blasfêmia, e um sinal da apostasia e do anticristo, previstos pelo apostolo São Paulo. (Leia II Tessalonicenses 2:2-12; Apocalipse 17:1-9; 13:5-8, 18). Muitos estudiosos da Bíblia vêem o número da besta 666 (Apocalipse 13:18), nas letras Romanas do título Papal: "VICARUS FILII DEI." ! V-5, I-1; C-100, I-1; V-5, I-1; L-50, I-1; D-500, I-1 ! Total, 666. |
1870
|
38. O Papa Piu X,
no ano de 1907, condenou junto com o "Modernismo", todas as
descobertas da ciência moderna, as quais não eram aprovadas pelas Igreja
....... Pius IX fez a mesma coisa no Sílabo de 1864.
|
1907
|
39. No ano de 1930,
Pius XI condenou as Escolas Públicas..............................
|
|
40. No ano de 1931,
o mesmo Papa, Pius XI, reafirmou a doutrina a qual Maria era "a Mãe de
Deus" ..........................................................................................
Esta doutrina foi primeiramente inventada pelo o Conselho de Efésios, no ano
de 431. Isto é uma heresia, que contradiz as próprias palavras de Maria.
(Leia Lucas 1:46-49; João 2:1-5).
|
1931
|
41. No ano de 1950,
o último dogma foi proclamado pelo Papa Pius XII, aAssunção da Virgem
Maria..............................................................................
|
1950
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário