A Reforma Protestante na Inglaterra
O movimento da Reforma na Inglaterra passou por varios períodos
de progresso ,em razões das revelações politicas,das diferentes atitudes
dos soberanos e do conservadorismo natural aos ingleses .A reforma inicio-se no
reinado de Henrique 8°,com um grupo de estudantes de Literatura classica e da
bilbia ,alguns dos quais ,como Tomas More,recuaram e continuaram católicos,enquanto
outros avançaram corajosamente para fé protestante.
Um dos dirigentes da Reforma foi João Tyndale,que traduziu o
novo testamento no idioma "mater", a primeira versão em inglês
depois da invenção da imprenssa;essa tradução mais do que outra qualquer
,modelou todas ,as traduções ,a partir daí.Tyndale foi martirizado em Antuerpia
,no ano de 1536.(notas ibid p.147,J.L.HURLBUT).
Outro dirigente da Reforma foi Tomas Craner
,arcebispo de Canturia,Craner ,após ajudar de modo notavel a Inglaterra a tornar-se
protestante ,retratou-se no reino da rainha católica Maria ,na esperança de
salvar vida.entretanto,ao ser condenado a morrer queimado,revogou a
retratação.A reforma na Inglaterra foi favorecida e tambem prejudicada por
Henrique 8°,o qual se separou de Roma,porque o papa não quis sancionar seu
divorcio da rainha Catarina,irmã do imperador Carlos 5°.Henrique 8°,fundou uma
igreja católica inglesa,sendo ele mesmo o chefe.Aquele que não concordavam com
suas idéias,quer católico ,quer protestantes ,eram por ele condenados á
morte.(notas ibid p.147,J.L.Hurlbut).
Sob o governo de Edurado 6°;que era muito jovem,e
cujo reinado foi curto,a causa da reforma progrediu muito.Dirigida por Craner e
outros ,a igreja da Inglaterra foi fundada e o livro de oração foi
compilado,com sua rica forma de linguagem.A rainha Maria ,que sucedeu a Eduardo
6°,era uma fanatica romanista e inicio um movimento para reconduzir seus
súditos a sua antiga igreja ,usando para isso a perseguição.Ela governou
somente 5 anos ;porem nesse período mais de 300 protestantes sofreram martirio.
Com o acesso ao trono de Elizabete ,a mais capaz de todos
os soberanos da Inglaterra ,as prisões se abriram,os exilios foram revogados ,a
blibia foi novamente honrada no pulpito e no lar,e durante seu longo governo
,denominado a "época de Elizabete",a mais esperta inglesa
da história desse país firma-se outra vez e tomou a forma que dura até
hoje.(notas ibid p.148,J.L.HURLBUT).
Evidentemente que não se pode imaginar o que seria a Reforma
Inglesa sem a figura de Henrique
VIII(1491-1547), filho mais jovem de Henrique VII. Ele estava sendo
preparado para exercer uma função eclesiástica, quando a morte precoce de seu
irmão, Arthur (1502) e posteriormente
a de seu pai Henrique VII (1509) mudou totalmente sua história e da Inglaterra
e, por conseguinte, da futura Igreja inglesa.
Mas a biografia de Henrique VIII instiga intensa defesas e
ataques na maioria das vezes antagônicos, como resumiu Pollard:
Em nosso desejo de reprovar a imoralidade de métodos de Henry,
somos levados a negar o seu sucesso, ou, no nosso apreço pela grandeza dos fins
por ele obtidos, buscamos justificar os meios que ele tomou para alcançá-los.
Tal como acontece com a sua política, portanto, com seu caráter. (POLLARD,
1919).
Mas assumir o trono inglês trouxe-lhe o fardo de assumir o
casamento diplomático com Catarina
de Aragão, a viúva de Artur seu irmão mais velho, filha de Fernando e
Isabel da Espanha. Depois de postergar o máximo possível e tendo a bênção do
papa Júlio II, o jovem Henrique, no apogeu de seus 17 anos, casa pela primeira
vez.
Deste casamento com Catarina nasceram diversos filhos, dos quais
sobreviveu apenas uma filha, Maria.
O rei sabia das dificuldades históricas de manter a linhagem do trono sem um
filho homem, e as lembranças das terríveis consequências das “Guerras das
Rosas” [1]ainda
estavam frescas na memória dos ingleses, de maneira que o rei tornou-se
obcecado por um herdeiro masculino.
Surge então a figura emblemática de Ana Bolena, pela qual Henrique
se apaixona, o que para ele não era muito difícil. Tendo suas próprias ambições
Ana resiste às primeiras investidas reais de maneira que Henrique sente-se
pressionado a torna-la rainha. Entretanto, para isso teria que desvencilhar-se
de seu casamento com Catarina.
Seu pedido inicial de divorcio em maio de 1527 foi colocado em banho-maria, pois o Papa de plantão, Clemente VII, não desejava e nem podia criar atrito com o sobrinho de Catarina, o Imperador Carlos V, que naquele momento se constituía no maior aliado da Igreja romana. (Walker,1981, p. 32). A paciência de Henrique esgotava a cada dia, pois as estrategias do cardeal Wolsey, os canonitas, e os esforços diplomatas nenhum resultado conseguiram, e nem mesmo as ameaças pessoais de Henrique minimizaram os receios do Papa em relação ao Imperador (Haigh, 1987, p. 105).
Seu pedido inicial de divorcio em maio de 1527 foi colocado em banho-maria, pois o Papa de plantão, Clemente VII, não desejava e nem podia criar atrito com o sobrinho de Catarina, o Imperador Carlos V, que naquele momento se constituía no maior aliado da Igreja romana. (Walker,1981, p. 32). A paciência de Henrique esgotava a cada dia, pois as estrategias do cardeal Wolsey, os canonitas, e os esforços diplomatas nenhum resultado conseguiram, e nem mesmo as ameaças pessoais de Henrique minimizaram os receios do Papa em relação ao Imperador (Haigh, 1987, p. 105).
Entra em cena a figura de Thomas
Crammer (1489-1556), então
professor na universidade de Cambridge,
sugerindo que o assunto da anulação do casamento real fosse transferido para a
esfera das Universidades, que naquele momento histórico ocupavam uma posição
relevante em relação às questões teológicas (LATOURETTE, 2006, p.
1.084).
Assim que tomou conhecimento desta proposta, o rei convoca
Crammer e o coloca como capelão da família de Bolena. A questão da anulação do
casamento real foi transferida para a esfera acadêmica e consultas foram feitas
às principais universidades católicas, e às de maior prestígio – Paris,
Orleans, Tolosa, Oxford, Cambridge, e até as italianas e todas elas
corroboraram para o desfecho tão ansiado por Henrique, declarando que seu
primeiro casamento com a viúva de seu irmão não era valido, (GONZALES,
2003, p. 124-125).
Imediatamente as providências são tomadas para que o rei casasse
(14 de Novembro de 1532) com Bolena, pois a esta altura dos acontecimentos ela
se encontrava grávida, e Henrique queria legitimar a criança, que para sua
frustração pessoal veio a ser mais uma vez uma menina, Elizabete, mas, sem que ele
pudesse saber, ela faria um dos mais extraordinários reinados da história da
Inglaterra.
As consequências deste ato de rebeldia de Henrique também foram
imediatas, pois o Papa declarou o casamento com Bolena nulo, reafirmou a
validade do casamento de Catarina (março de 1534) e em 1538, Paulo III publicou
a bula, já redigida a três anos, excomungando o rei e destituindo-o do trono
inglês e desvinculando seus súditos do juramento de fidelidade. Todavia, na
pratica o efeito foi irrisório e a bula nem sequer foi publicada na França e na
Alemanha. Mas Henrique que vinha acelerando o processo de esvaziamento do poder
clerical, iniciado por seu pai, através da promulgação de sucessivas leis,
reagiu de forma contundente, e no dia 3
de novembro 1534, o Parlamento inglês promulga o Ato de Supremacia em que se declara: “Que o rei nosso
soberano, seus herdeiros e sucessores, reis deste reino, serão considerados,
aceitos e reputados como a única
Cabeça suprema da Igreja da Inglaterra, chamada Igreja Anglicana” (FISHER,
1984, p. 299 - . Todos os que se recusassem a aceitar com juramento o
Ato de Supremacia e reconhecer o novo casamento do rei como ordem de sucessão
ao trono, seria considerado réu de alta traição e punido com a morte cruel. O rompimento com Roma estava
selado.
Mas que não se tenha qualquer ilusão quanto às intenções de
Henrique. O rei inglês tinha que tomar uma posição e como não via com bons
olhos o que estava acontecendo em alguns países vizinhos que optando pela
reforma viram o poder do trono minimizado ele faz a opção de instituir uma
igreja dentro das necessidades dele e das características do povo inglês.
Henrique VIII rompe com a Igreja Romana, mas
não adota o manual dos reformadores, pois ele estabelece a Igreja Inglesa
no mesmo molde da velha igreja católica romana tendo ele mesma como chefe
soberano e não mais o papa. O próprio Matinho
Lutero percebe esta força do
rei inglês: “Henrique é o Papa, e o Papa é Henrique na Inglaterra." (HILLERBRAND,
2007, p. 212).
Henrique nunca deixou de ser católico, e somente adota na Igreja
inglesa os pontos de vista dos reformadores que lhe convinham. “Henrique
estava orgulhoso de sua ortodoxia e era meticuloso em sua frequência diária às
missas e em seu uso de um confessor.” (LATOURETTE, 2006, p. 1.086). Alguns
anos antes (1521) havia escrito um tratado teológico “Assertio septem
sacramentorum” refutando o pensamento de Lutero “De captivitate Babylonica
ecclesiae praeludim”, o que lhe havia valido, por parte do papa Leão X, o
título de “Defensor da Fé Católica”, que sempre fez questão de ostentar
até seus últimos dias. (GONZÁLES, 2003, p. 125).
Em 1536 promulga o chamado Dez
Artigos, que em quase nada se
diferenciava dos dogmas católicos. Para deixar ainda mais claro suas opções
teológicas, em 1539 faz uma nova promulgação substituindo a anterior e
restringindo-os a Seis Artigos,
mais radicalmente católicos do que os dez anteriores e apelidado por muitos de
“Edito Sangrento”, pois muitos discordantes foram condenados e
queimados. O texto mantinha as posições católicas clássicas como a doutrina da
transubstanciação, a comunhão sob uma só espécie, o celibato e a castidade do
clero, as missas pelos mortos, a confissão auricular, etc. “Até o fim de sua
vida, o rei escapa completamente a influência da Reforma” (CASALIS,
1989, p. 151).
Evidentemente que muitos súditos ingleses não ficaram contentes
e nem passivos diante desta artimanha real. Os que defendiam o papa e a igreja
romana sentiram-se traídos e os que almejavam uma reforma religiosa ampla e
radical também não se sentiram realizados. Duas questões revelam a profundidade
e amplitude deste descontentamento de ambos os lados: o primeiro é que tanto
católicos quanto reformadores foram presos, condenados e sentenciados a morte e
uma ilustração deste fato é que em 30 de julho de 1540, por ordem direta do rei
“três clérigos de ideias luteranas (Barnes, Garret e Jerome) foram queimados em
Smithfield; e três romanistas foram torturados e decapitados por negar a
supremacia espiritual do rei” (LINDSAY, 1959, p. 279);
segundo que somente vinte anos depois, após rápidas sucessões no trono inglês,
é que a rainha Elizabete conseguiu impor um consenso religioso aos ingleses,
chamado pelos historiadores de “Acordo Elisabetano”.
Mas alguns passos importantes
foram tomados em direção a uma Reforma mais substancial, ainda nos dias de
Henrique. Em 1536,Cromwell, como vigário-geral do rei, determina que uma bíblia em latim e outra em inglês fossem colocadas em cada igreja
para que qualquer pessoa pudesse ler. Com o rei ainda vivo, Cramwell começou a
preparar o que veria a ser o Livro
de Oração Comum (Book of
Common Prayer) que foi promulgado somente em 1549, após a morte de Henrique.
Durante sua elaboração Cromwell mantem intensa correspondência com Melanchton,
Calvino, Bucero e Pedro Mártir Vermigli. “Teologicamente o Book of Common
Prayer se distingue radicalmente da doutrina católica: não adota a doutrina da
transubstanciação, ou a reserva da espécie, nem a adoração do Santíssimo
Sacramento e a oração pelos mortos, nem a unção dos recém-nascidos e dos
doentes” (CASALIS, 1989, p.152). Este livro litúrgico teve
várias revisões sucessivas, porém superficiais (1552, 1662, 1871, 1872), e
ainda continua sendo utilizado nos cultos da Igreja Anglicana. Entretanto,
Henrique VIII morre em 1547, deixando para seus sucessores a imensa tarefa
de concluir a Reforma inglesa.
Notas - protestantantismo
+ referencias
Referência Bibliográfica
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cristianismo e o mundo 1500-2000. Trad. Celina Cavalcante Falck. Rio deJaneiro: Record, 1997.
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UNIMEP/Exodus, 1996, p.63).
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O reinado da rainha Isabel trouxe tranqüilidade e liberdade à Inglaterra, e firmou a religião protestante no país. Entre os protestantes havia dois partidos: o povo que queria manter certas formas e vestimentas da Igreja católica, e os puritanos que queriam um culto mais simples e espiritual. A rainha era favorável tanto quanto possível às cerimônias da Igreja católica, e desprezava os puritanos. Por isso a Igreja Anglicana tem conservado certas vestimentas. A sua liturgia é uma forma episcopal onde os bispos são como nobres, tendo domínio sobre a herança de Deus. Os prelados tornaram-se perseguidores dos puritanos no século seguinte, e inimigos da pregação do Evangelho no século XVIII. A rainha não era cruel como sua irmã Maria se mostrara, mas não tinha qualquer sinal de fé cristã. A derrota e destruição da "Invencível Armada" de Filipe da Espanha, firmou o reino contra o catolicismo.
O século seguinte viu a Escócia e a Inglaterra unidas sob o mesmo soberano. O herdeiro, depois de Isabel, ao trono da Inglaterra, era o rei Tiago da Escócia. No ano 1603 Isabel morreu, e Tiago I foi declarado rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda. O nome da nova família real era "Stuart", e houve quatro reis dessa família. Todos eles procuravam exaltar o poder real acima do Estado e da Igreja, e perseguiram todos os que não queriam conformar-se com o ritual da Igreja Anglicana. Somente durante onze anos de protetorado, o povo gozou ampla liberdade, tanto na Inglaterra como na Escócia. A Escócia sofreu especialmente da família Stuart, que odiava o sistema presbiteriano, onde o rei era considerado somente um membro e não a "cabeça", como na Igreja Anglicana. Nesta igreja o rei nomeava os bispos, e os bispos os ministros, e assim tudo era submisso à vontade do rei. Os reis pensavam que o soberano possuía direitos que vinham de Deus, e portanto não tinha de dar conta a mais ninguém.
A loucura e a teimosia do segundo rei desta dinastia, Carlos I, custou-lhe a cabeça, depois de uma guerra civil entre o rei e o povo, em favor da liberdade. O ditador, Oliver Cromwell, concedeu liberdade religiosa, mas o povo gozou esta bênção apenas onze anos, pois o filho de Carlos I voltou e é conhecido como Carlos II. Era homem devasso e sem honra ou princípios. Uma das primeiras leis promulgadas foi chamada "ATO DE UNIFORMIDADE", que obrigou a todos a pertencerem à Igreja Anglicana e proibiu reuniões religiosas de outra denominação. 2.000 dos melhores ministros da Igreja Anglicana foram enxotados das suas paróquias e proibidos de voltar para perto das antigas congregações.
Durante este período, João Bunyan,
por ter pregado ao ar livre, e em casas particulares, foi condenado a doze anos
de cadeia. Outro pregador dissidente era Ricardo Baxter, que foi,
repetidamente, processado, multado e preso por ter pregado, e por ter escrito
livros que não agradaram os prelados. Era homem santo e liberal, e odiava a
intolerância religiosa. Um livro que escreveu chamado "O Descanso Eterno
dos Santos" é lido ainda hoje, e tem sido uma bênção para muitas pessoas
durante quase três séculos: Pelos meados do século XVII, apareceu um movimento
cristão que existe até hoje, chamada os "Quákers (Tremedores) ou a
"Sociedade dos Amigos". O fundador foi Jorge Fox, um crente
fervoroso, mas ele por vezes fez muitas extravagâncias, entrando nas igrejas
anglicanas e estorvando os ministros.
Fox passou diversos períodos na cadeia. Outros homens de mais educação ajuntaram-se ao movimento sendo um deles Guilherme Penn, o fundador da Pensilvânia, agora um dos Estados da América do Norte. Os adeptos dessa denominação deram muita atenção às operações do Espírito Santo, doutrinas pouco entendidas na igreja reformada. Protestaram contra as cerimônias e o ritualismo; e nas suas reuniões costumavam sentar-se por muito tempo em silêncio, esperando a direção do Espírito Santo. Os Quákers vestiam-se com muita simplicidade, recusaram jurar nos tribunais de justiça, ou tomar armas até para se defenderem.
Fox passou diversos períodos na cadeia. Outros homens de mais educação ajuntaram-se ao movimento sendo um deles Guilherme Penn, o fundador da Pensilvânia, agora um dos Estados da América do Norte. Os adeptos dessa denominação deram muita atenção às operações do Espírito Santo, doutrinas pouco entendidas na igreja reformada. Protestaram contra as cerimônias e o ritualismo; e nas suas reuniões costumavam sentar-se por muito tempo em silêncio, esperando a direção do Espírito Santo. Os Quákers vestiam-se com muita simplicidade, recusaram jurar nos tribunais de justiça, ou tomar armas até para se defenderem.
Não usavam o batismo nem a Santa
Ceia, porque diziam que hoje o cristianismo é todo espiritual. Esta gente,
sendo considerada fanática, foi perseguida, e as cadeias encheram-se de pessoas
acusadas de terem freqüentado reuniões, ou terem recusado jurar, e cerca de
12.000 quákers estavam presos durante um certo período. Quando soltos, voltaram
às suas reuniões abertamente, e deixaram a polícia levá-los à cadeia novamente.
Jorge Fox não era bem educado, mas Guilherme Penn era filho dum almirante
distinto, e defendeu-se com coragem nos tribunais. O rei devia a seu pai muito
dinheiro, e quando este morreu, para liquidar a dívida, Carlos II concedeu ao
filho Guilherme um vasto território na América do Norte, então colônia inglesa.
Penn foi para ali e fundou uma colônia modelo, fazendo aliança com os índios,
aliança essa que nunca foi desonrada, e assim ganhou o respeito dos indígenas.
O rei deu a esta colônia o nome
de Pensilvânia, e Penn fundou a capital, chamando-a Filadélfia, agora uma das
cidades principais dos Estados Unidos. Os quákers foram muito perseguidos em
outras colônias inglesas, pelos puritanos, homens que fugiram da perseguição
dos prelados da Inglaterra. Os quákers mais tarde, quando veio a liberdade na
Inglaterra, foram conhecidos pela sua filantropia, e depois trabalharam na
Inglaterra e nos Estados Unidos pela abolição da escravatura. Nestes últimos
anos os quákers têm diminuído muito, e a maior parte deles tem deixado as
verdades cristãs fundamentais. Há ainda um pequeno grupo deles que são
fundamentais.
No ano de 1621 um grupo de puritanos embarcou num navio chamado o "Mayflower" para formar uma colônia na América do Norte, a fim de fugir à perseguição na Inglaterra e gozar a liberdade no outro lado do oceano. Sofreram muitas aflições, doenças, privações, morticínios pelos índios, mas perseveraram, e aumentaram pela emigração da Inglaterra durante sessenta anos, e as colônias americanas foram bem povoadas, formando a base da República agora tão poderosa, chamada Os Estados Unidos.
O último rei da Casa de Stuart, Tiago II, era católico, teimoso e fanático, embora jurasse manter a religião protestante e a liberdade do povo, queria introduzir a religião católica. Depois de quatro anos de aflição, o povo convidou o seu genro, Guilherme de Orange, de Holanda, para substituir seu sogro, e este fugiu para a França. Guilherme e sua esposa Maria eram muito bons soberanos e concederam liberdade religiosa, que tem sido mantida desde essa data (1689).
Mas a liberdade não produziu espiritualidade. Ao contrário, no século XVIII o estado espiritual da Inglaterra piorou gravemente. Era igual à condição da igreja em Sardo: um nome para viver, mas morta. O povo estava embrutecido, os ministros da Igreja Anglicana não cumpriam os seus deveres, e muitos gastavam seu tempo caçando e jogando, e alguns eram bêbados. As denominações eram espiritualmente mortas e sem poder, e a maior parte caiu em heresia.
Mas Deus felizmente não deixou sua igreja assim. Levantou os irmãos Wesley, Jorge Whitefield, Rowland Hill e outros, que pregavam ao ar livre e produziram uma revivificação espiritual. Foi então fundada a Igreja Metodista, e outro resultado foi uma mudança na moral do povo. A diferença produzida pela revivificação, dizem alguns historiadores, evitou a repetição na Inglaterra do desastre que se deu na França chamado o "Reinado de Terror". Ao princípio João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield eram perseguidos pelos bispos e padres anglicanos. A pregação ao ar livre foi considerada uma extravagância religiosa. Milhares de pessoas assistiram a essas pregações, e muitos foram convertidos. Wesley também organizou uma multidão de pregadores leigos, que pregaram com bom êxito. Jorge Whitefield foi ajudado pela condessa de Huntingdon, que edificou salões em diversas partes da Inglaterra, e pagou o ordenado de muitos ministros para pregarem o Evangelho. Muitos desses salões existem até hoje.
Este despertamento desenvolveu-se no século XIX quando foram estabelecidas diversas sociedades bíblicas e sociedades missionárias. Havia também grande interesse pelo texto da Bíblia, e pelos manuscritos antigos dos quais foram descobertas traduções mais exatas que foram traduzidos. Escavações na Mesopotâmia, na Babilônia e no Egito trouxeram à luz escritos confirmando histórias bíblicas. Também certas verdades foram estudadas, como as profecias do Velho Testamento e a vinda do Senhor.
No ano de 1621 um grupo de puritanos embarcou num navio chamado o "Mayflower" para formar uma colônia na América do Norte, a fim de fugir à perseguição na Inglaterra e gozar a liberdade no outro lado do oceano. Sofreram muitas aflições, doenças, privações, morticínios pelos índios, mas perseveraram, e aumentaram pela emigração da Inglaterra durante sessenta anos, e as colônias americanas foram bem povoadas, formando a base da República agora tão poderosa, chamada Os Estados Unidos.
O último rei da Casa de Stuart, Tiago II, era católico, teimoso e fanático, embora jurasse manter a religião protestante e a liberdade do povo, queria introduzir a religião católica. Depois de quatro anos de aflição, o povo convidou o seu genro, Guilherme de Orange, de Holanda, para substituir seu sogro, e este fugiu para a França. Guilherme e sua esposa Maria eram muito bons soberanos e concederam liberdade religiosa, que tem sido mantida desde essa data (1689).
Mas a liberdade não produziu espiritualidade. Ao contrário, no século XVIII o estado espiritual da Inglaterra piorou gravemente. Era igual à condição da igreja em Sardo: um nome para viver, mas morta. O povo estava embrutecido, os ministros da Igreja Anglicana não cumpriam os seus deveres, e muitos gastavam seu tempo caçando e jogando, e alguns eram bêbados. As denominações eram espiritualmente mortas e sem poder, e a maior parte caiu em heresia.
Mas Deus felizmente não deixou sua igreja assim. Levantou os irmãos Wesley, Jorge Whitefield, Rowland Hill e outros, que pregavam ao ar livre e produziram uma revivificação espiritual. Foi então fundada a Igreja Metodista, e outro resultado foi uma mudança na moral do povo. A diferença produzida pela revivificação, dizem alguns historiadores, evitou a repetição na Inglaterra do desastre que se deu na França chamado o "Reinado de Terror". Ao princípio João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield eram perseguidos pelos bispos e padres anglicanos. A pregação ao ar livre foi considerada uma extravagância religiosa. Milhares de pessoas assistiram a essas pregações, e muitos foram convertidos. Wesley também organizou uma multidão de pregadores leigos, que pregaram com bom êxito. Jorge Whitefield foi ajudado pela condessa de Huntingdon, que edificou salões em diversas partes da Inglaterra, e pagou o ordenado de muitos ministros para pregarem o Evangelho. Muitos desses salões existem até hoje.
Este despertamento desenvolveu-se no século XIX quando foram estabelecidas diversas sociedades bíblicas e sociedades missionárias. Havia também grande interesse pelo texto da Bíblia, e pelos manuscritos antigos dos quais foram descobertas traduções mais exatas que foram traduzidos. Escavações na Mesopotâmia, na Babilônia e no Egito trouxeram à luz escritos confirmando histórias bíblicas. Também certas verdades foram estudadas, como as profecias do Velho Testamento e a vinda do Senhor.
O espírito sectário, que dominava em
todas as classes de crentes, despertava a consciência de muitos, e resultou em
mais comunhão fraternal na Igreja. A rainha Vitória começou a reinar no ano de
1847, e reinou mais de 60 anos. Sendo cristã, e com idéias elevadas, ela fez
uma limpeza na corte, e elevou o nível social e público, começando com os
ministros de Estado até a administração da justiça. Se um ministro de Estado,
embora de grande capacidade, tivesse uma mancha no seu caráter moral, seu nome
era riscado da lista. A justiça agora estava ao alcance dos mais pobres, e não
favorecia os ricos.
No ano 1859 houve uma revivificação no Norte da Irlanda e no Norte da Escócia, e a Inglaterra sentiu seu efeito. Durante dez anos em seguida houve uma grande onda de evangelização no país, e muitos foram convertidos. Poucos anos depois veio o evangelista D. L. Moody da América do Norte para suas campanhas de pregações, e com ele Sankey, o cantor evangélico. Visitaram todas as cidades principais nos três reinos, e milhares foram convertidos. Nos maiores salões das cidades não cabia a metade do povo que queria assistir às suas pregações.
No ano 1859 houve uma revivificação no Norte da Irlanda e no Norte da Escócia, e a Inglaterra sentiu seu efeito. Durante dez anos em seguida houve uma grande onda de evangelização no país, e muitos foram convertidos. Poucos anos depois veio o evangelista D. L. Moody da América do Norte para suas campanhas de pregações, e com ele Sankey, o cantor evangélico. Visitaram todas as cidades principais nos três reinos, e milhares foram convertidos. Nos maiores salões das cidades não cabia a metade do povo que queria assistir às suas pregações.
Moody era homem humilde e de
família pobre e pouco educado, com sotaque americano, mas pregava com grande
poder. Durante os anos que seguiram a estas campanhas, nasceram muitas
sociedades de evangelização entre crianças, marinheiros, soldados, pescadores,
empregados nas estradas de ferro, e políticos, para impressão e distribuição de
tratados evangelísticos. Os trabalhos missionários desenvolveram-se e novas
sociedades foram instaladas. Tudo parecia semelhante à Igreja em Filadélfia. A
porta estava aberta para o Evangelho em quase todo o mundo: "Uma porta que
se abre e ninguém fecha". O grande pregador batista Spurgeon (chamado o "príncipe
dos pregadores") durante mais de 30 anos pregava todos os domingos a
milhares de pessoas em Londres, e seus sermões são lidos até hoje.
Mas, enquanto o Espírito de Deus fazia estas maravilhas, o inimigo não dormia, apanhando semente de joio e começando a sua sementeira. Seus servos eram como os fariseus e saduceus. Os primeiros estavam representados na Inglaterra por um forte partido de ritualistas, que queriam fazer a Igreja Anglicana igual à Igreja Católica. Os "saduceus" criticavam as Escrituras, e a crítica à Palavra de Deus tem crescido gradualmente. Um célebre cientista chamado Charles Darwin, inventou a teoria da "Evolução". Baseando suas teorias sobre certos fatos científicos. Ele negou a obra do Criador do universo, dizendo que o homem é descendente de animais, sendo o macaco o nosso parente mais chegado, tendo havido entre este animal e o homem um elo que agora falta.
Durante muitos anos os cientistas tem procurado em vão algumas evidências da existência desse "elo", que deve ser meio homem e meio macaco. Muitos cientistas têm abandonado esta teoria, mas infelizmente foi adotada pelos professores dos seminários para treinar ministros para os púlpitos de várias denominações.
A teoria da evolução foi adaptada ao ensino bíblico, e o resultado disso hoje em dia é que uma boa parte desses ministros são "modernistas", negando a inspiração da Palavra de Deus. O efeito na vida do povo é triste. Embora a pregação do Evangelho ainda atraia o povo, a Inglaterra em geral é quase como uma nação pagã, e é calculado que somente 20% assiste a qualquer culto. E destes 20% a maior parte são modernistas. Embora a Inglaterra tenha alguma parte no serviço missionário do mundo, este é apoiado por uma pequena percentagem do povo.
Mas, enquanto o Espírito de Deus fazia estas maravilhas, o inimigo não dormia, apanhando semente de joio e começando a sua sementeira. Seus servos eram como os fariseus e saduceus. Os primeiros estavam representados na Inglaterra por um forte partido de ritualistas, que queriam fazer a Igreja Anglicana igual à Igreja Católica. Os "saduceus" criticavam as Escrituras, e a crítica à Palavra de Deus tem crescido gradualmente. Um célebre cientista chamado Charles Darwin, inventou a teoria da "Evolução". Baseando suas teorias sobre certos fatos científicos. Ele negou a obra do Criador do universo, dizendo que o homem é descendente de animais, sendo o macaco o nosso parente mais chegado, tendo havido entre este animal e o homem um elo que agora falta.
Durante muitos anos os cientistas tem procurado em vão algumas evidências da existência desse "elo", que deve ser meio homem e meio macaco. Muitos cientistas têm abandonado esta teoria, mas infelizmente foi adotada pelos professores dos seminários para treinar ministros para os púlpitos de várias denominações.
A teoria da evolução foi adaptada ao ensino bíblico, e o resultado disso hoje em dia é que uma boa parte desses ministros são "modernistas", negando a inspiração da Palavra de Deus. O efeito na vida do povo é triste. Embora a pregação do Evangelho ainda atraia o povo, a Inglaterra em geral é quase como uma nação pagã, e é calculado que somente 20% assiste a qualquer culto. E destes 20% a maior parte são modernistas. Embora a Inglaterra tenha alguma parte no serviço missionário do mundo, este é apoiado por uma pequena percentagem do povo.
O estado espiritual é como o de
Laodicéia. O Evangelho produziu, e ainda existe no país, um alto nível de
responsabilidade e honestidade na administração das leis, da justiça, e foram
instituídos muitos benefícios, tais como proteção aos velhos, aos fracos, aos
desempregados, e as leis protetoras nas indústrias. O comércio é praticado com
elevada moral, mas o povo em geral é muito indiferente às coisas de Deus. O
domingo agora é quase tão profano como no Continente. Riquezas, prazeres,
esportes, conforto, luxo, têm tomado o lugar da piedade. Deus está agora
retirando do país muitas destas vantagens, e o povo foi bastante castigado na
Segunda Guerra Mundial.notas historia do cristianismo,A.Knight e
W.Anglin,2009,cpad)
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