Na Dinamarca (escandinavio)
Na Dinamarca, também um rei – Cristiano II – estava à
frente da Reforma, e apesar da oposição do partido eclesiástico, que se tornou
um sério embaraço para os seus movimentos, e de os bispos terem chegado a
promover a sua deposição, continuou sempre a sua boa obra enquanto esteve no
exílio, empregando o seu secretário para traduzir o Novo Testamento para a
língua dinamarquesa.
Os dinamarqueses deviam muito ao ministério do
intrépido monge de Antvorscov, João Tausen, que tendo sido feito prisioneiro
por pregar a justificação pela fé, continuou a expor a doutrina pela janela da
sua prisão. O novo rei Frederico ouvindo falar nele, deu ordem para o porem em
liberdade, e pouco depois nomeou-o um dos seus capelães.
Na conferencia de Odense, que teve lugar em 1527, o
rei declarou-se publicamente a favor da Reforma; e, embora os bispos fizessem
muita oposição, decretou ele que dali por diante os protestantes gozariam as
mesmas regalias que os católicos. Quando Frederico morreu, os bispos fizeram
outro esforço desesperado para restabelecer o papismo, e conseguiram o exílio
de Tausen, mas o triunfo deles não foi duradouro. O novo rei era tão favorável
à Reforma como o seu antecessor; e no ano 1536 foi reunido um Concílio em
Copenhague, que estabeleceu a religião protestante no país. Os bispos, acusados
de intrigas e de outros atos de traição, foram destituídos dos seus cargos e
emolumentos; e os últimos sinais do papismo que ainda existiam acabaram por
completo na Dinamarca.
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