quarta-feira, 1 de outubro de 2014

REFORMA NA DINAMARCA

                
                   Na Dinamarca (escandinavio)


Na Dinamarca, também um rei – Cristiano II – estava à frente da Reforma, e apesar da oposição do partido eclesiástico, que se tornou um sério embaraço para os seus movimentos, e de os bispos terem chegado a promover a sua deposição, continuou sempre a sua boa obra enquanto esteve no exílio, empregando o seu secretário para traduzir o Novo Testamento para a língua dinamarquesa.
Os dinamarqueses deviam muito ao ministério do intrépido monge de Antvorscov, João Tausen, que tendo sido feito prisioneiro por pregar a justificação pela fé, continuou a expor a doutrina pela janela da sua prisão. O novo rei Frederico ouvindo falar nele, deu ordem para o porem em liberdade, e pouco depois nomeou-o um dos seus capelães.
Na conferencia de Odense, que teve lugar em 1527, o rei declarou-se publicamente a favor da Reforma; e, embora os bispos fizessem muita oposição, decretou ele que dali por diante os protestantes gozariam as mesmas regalias que os católicos. Quando Frederico morreu, os bispos fizeram outro esforço desesperado para restabelecer o papismo, e conseguiram o exílio de Tausen, mas o triunfo deles não foi duradouro. O novo rei era tão favorável à Reforma como o seu antecessor; e no ano 1536 foi reunido um Concílio em Copenhague, que estabeleceu a religião protestante no país. Os bispos, acusados de intrigas e de outros atos de traição, foram destituídos dos seus cargos e emolumentos; e os últimos sinais do papismo que ainda existiam acabaram por completo na Dinamarca.

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